As celebrações da Semana Santa terão, este ano, nas paróquias de Tavira, o envolvimento da comunidade ucraniana algarvia e haverá vários momentos de oração pela paz neste país e em todo o mundo.
“Momentos altos, das festas pascais em Tavira, são as suas procissões e, nelas, a comunidade ucraniana participará. É o caso da procissão de Domingo de Ramos, que acontece no dia 10 de abril, às 17h00, saindo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo”, refere um comunicado enviado ao Folha do Domingo, acrescentando que um dos andores “será transportado por membros da comunidade ucraniana”.
Na Sexta-feira Santa, dia 15 de abril, às 21h00, terá lugar a Procissão do Enterro do Senhor, que sai da igreja da Misericórdia. “Um dos andores estará decorado com girassóis, flores que representam a Ucrânia, estando presentes membros da comunidade algarvia e sendo as cerimónias dirigidas, não apenas pelo Pároco de Tavira, mas pelo Padre Oleg Trushko, assistente da comunidade ucraniana Grego-católica na região”, refere o documento, acrescentando que “toda a comunidade se envolverá, chamando a atenção para a necessidade de paz, em espírito de solidariedade e de comunhão com estes irmãos que vivem um momento particularmente difícil”.
“Os nossos jovens vão levar uma faixa que sinalizará o nosso desejo de estarmos em união com a Ucrânia, de rezarmos com o seu Povo, como nos pede o santo Padre e o nosso Bispo”, salienta o pároco de Tavira, convidando todos os que queiram participar a trazerem “algo consigo” com as cores da Ucrânia, seja uma fita ou uma peça de roupa.
No Domingo de Páscoa, dia 17 de abril, terá lugar a Procissão da Ressurreição, que sai da Igreja de São Paulo às 10h00 e percorrerá o centro de Tavira. “Noutras localidades do Algarve esta procissão é, também, conhecida como procissão das flores, pelo que deixo mais um desafio: que os que participarem tragam flores amarelas e azuis”, pede o padre Miguel Neto.
“Vamos rezar pela cidade de Tavira, mas também pelas cidades mártires da Ucrânia, como Mariupol, pelas pessoas que nada têm, pelos que estão doentes e pelos que morreram, para que Cristo lhes garanta a ressurreição, que se celebra no dia de Páscoa”, prossegue.
