As tardes de oração, promovidas pelo Cabido da catedral de Faro ao longo dos domingos da presente Quaresma, concluíram-se no dia 17 deste mês com a celebração orientada pelo Movimento da Mensagem de Fátima.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Destacando o seu contributo neste “tempo de purificação e de iluminação” para preparar a vida e levar a sério a conversão a que os cristãos são chamados, “rumo ao grande acontecimento da Páscoa” no desejo de que as suas vidas “também sejam pascais”, o chantre do Cabido, que presidiu à oração, lembrou que foram levadas a cabo por “vários movimentos espirituais” da diocese que “ajudam a edificar” as suas comunidades.

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O cónego Carlos de Aquino exortou os presentes, à semelhança de Jesus, a darem a vida pelos outros, deixando de “viver a fé comodamente”.

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Convidando a contemplar Cristo na cruz, o sacerdote evidenciou que “é nele, crucificado, que resplandece a glória de Deus”. “Nele, elevado da terra, na cruz, a luz de Deus manifesta-se a todo o mundo para que caminhemos também na luz, fazendo e vivendo como Jesus, tendo os mesmos sentimentos de Jesus”, sustentou.

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“Jesus ensina-nos, na verdade da vida e do amor que se expande quando dado, a viver não já só para nós mesmos, mas para nos darmos consumando tudo no amor. Que mensagem e que desafio tão importante e tão difícil de ser praticado por todos nós: acreditar que é quando morremos que encontramos a vida”, prosseguiu, lamentando que todos queiram “fugir do calvário”. “Assusta-nos a dimensão da cruz. Não direi propriamente que vivamos um Cristianismo ‘light’, mas queremos, às vezes, viver a verdade da fé comodamente”, criticou, advertindo que “contemplar Cristo crucificado no seu coração trespassado é entender que não há glória sem sofrimento, não há ressurreição sem morte, não há vida plena e eterna sem paixão, sem a dádiva da vida”.

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Aquele sacerdote acrescentou que a vida não termina com a morte. “Morremos, mas não morremos para sempre. Esta é a grande esperança que importa gritar ao mundo inteiro. Fomos criados para viver um dia a vida plenamente em Deus. O céu é uma realidade. O Senhor também nos há de ressuscitar”, observou, lembrando que o padroeiro da Diocese do Algarve, São Vicente, cuja relíquia esteve presente naquelas celebrações, “viveu e cumpriu tudo isto na sua própria vida”.

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No final da celebração decorreu ainda um momento de veneração daquela relíquia do diácono e mártir.