A redução foi obtida através de cortes em alguns salários, da diminuição do valor das horas extraordinárias e dos gastos em consumos e na contratação de serviços externos, explicou o presidente do Conselho de Administração do CHBA.
Segundo José Ramos, o centro hospitalar, que integra as unidades de Portimão e Lagos, conseguiu reduzir em 15% as despesas com consumos, sobretudo de medicamentos e material clínico (3,3 milhões), e em 12% os gastos com subcontratos e fornecimentos externos (1,7 milhões).
Apesar da contenção, José Ramos assegurou que nunca faltou material, nem foi necessário reduzir o fornecimento de medicamentos, e elogiou o esforço dos funcionários do hospital, aos quais foi dirigida uma nota de agradecimento na passada semana.
"Esta poupança deveu-se sobretudo a algum sacrifício dos nossos colaboradores, que conseguiram aumentar a produção e tratar os doentes sem quaisquer restrições e com maior eficiência", referiu.
José Ramos, que preside à administração do centro há cerca de um ano, adiantou que no final de 2012 a dívida do CHBA aos fornecedores era de 3,8 milhões de euros, contra 15 milhões de euros, no final de 2011.
"A situação económica não é airosa, mas podemos gerir a casa sem grandes restrições", sublinhou aquele responsável, admitindo que há falta de médicos, sobretudo na Urgência e na Pediatria.
Segundo o administrador do CHBA, apesar de a gestão do dia-a-dia ser "relativamente fácil", a situação "mais crítica" é ao nível da Urgência, o que obriga a uma gestão de escala "muito complexa".
Questionado sobre a eventual fusão daquele centro hospitalar com o Hospital Central de Faro, José Ramos frisou que a colaboração entre ambas as instituições poderia ser positiva, mas demarca-se da criação de um mega centro hospitalar.
"O que faria sentido é que as duas instituições não estivessem de costas voltadas", referiu, sublinhando as vantagens na aquisição, em conjunto, de material clínico ou na partilha de alguns profissionais.
O Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio foi criado em 2004, com a integração das unidades de Portimão e Lagos, e possui atualmente cerca de 1.500 funcionários.
Lusa
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