A reunião, que juntará cerca de 350 investigadores básicos e clínicos de 12 especialidades diferentes, vão abordar desde os aspetos de diagnóstico até aos diferentes modos de tratamento de doenças como a artrite reumatóide, o lúpus sistémico e as vasculites sistémicas graves.
“A imunologia representa uma das áreas mais complexas do conhecimento médico e a sua aplicação clínica resultou de uma explosão de métodos terapêuticos e de diagnóstico, cuja utilização passa literalmente por todas as especialidades médicas”, referiu José Delgado Alves, que preside ao congresso.
Delgado Alves sublinhou que “o sistema imune é parte integrante do funcionamento corrente do organismo humano”, pelo que “a abordagem deve ser abrangente, metódica e, em termos práticos, multidisciplinar”.
Segundo dados do NEDAI, cerca de 50.000 portugueses sofrem de artrite reumatóide, doença que afeta um por cento da população mundial, enquanto o lúpus sistémico atinge cerca de 15.000 portugueses e as vasculites sistémicas graves quase 2.000 doentes.
“Estamos a viver momentos importantes, com o aparecimento de novos medicamentos para o lúpus sistémico. Há mais de 30 anos que não aparecia um medicamento. Para as vasculites sistémicas regista-se também o aparecimento de um novo medicamento”, frisou Delgado Alves.
Durante a cerimónia inaugural da reunião será entregue o Prémio de Investigação em Auto-Imunidade NEDAI/MSD, no valor de 10.000 euros, atribuído desde 2005 a autores de trabalhos de investigação no âmbito das doenças auto-imunes.
Também será atribuida uma bolsa de estudo em auto-imunidade, criada em 2009, com a finalidade de promover o conhecimento e a formação na área, permitindo a médicos especialistas ou internos da especialidade de Medicina Interna um estágio num centro estrangeiro.