Oriundos das paróquias de Ferreiras, Matriz de Portimão, Quarteira, São Luís de Faro, São Pedro de Faro e Tavira, os jovens e adultos juntaram-se então aos anfitriões (cerca de 30 elementos) e foram acolhidos nas casas de famílias do concelho de Aljezur.
Na sexta à noite (dia 27 de maio) realizou-se ainda no EMA a "(des)Conversa", uma espécie de tertúlia habitualmente promovida pela Câmara Municipal local, desta vez sobre o tema “O Movimento Taizé”. João Cabral apresentou a espiritualidade, a história e o objetivo da Comunidade Ecuménica de Taizé sedeada na pequena aldeia do sul da França que lhe deu o nome e de seguida os participantes puderam fazer perguntas.
No sábado de manhã realizou-se na igreja matriz uma reflexão sobre a temática «O que a Igreja espera dos jovens e os jovens da Igreja», orientada pelo padre Pedro Manuel. Sobre a primeira parte do tema, o sacerdote disse aos jovens que a Igreja espera que eles coloquem ao seu serviço os seus dons e afirmou-lhes que eles têm muita coisa boa que deve ser levada em conta na programação pastoral pois isso é fundamental para a Igreja ter os jovens com ela. Relativamente à segunda parte da temática, o padre Pedro Manuel referiu que os jovens esperam que a Igreja seja uma “mãe aberta para acolher os seus filhos”. Para isso aconselhou-os a “amar muito a Igreja”, a estarem sempre dispostos a, com coragem, responderem àqueles que os confrontam na fé e a manterem com Deus uma “relação pessoal de amizade e oração”.
À tarde os jovens praticaram ainda algum desporto nas Piscinas Municipais de Aljezur com a participação em vários jogos aquáticos e à noite teve lugar na igreja matriz um dos pontos altos do programa com a oração participada pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, pelo pastor da Igreja Evangélica Alemã (Luterana) no Algarve, Hans Uwe Hüllweg, por uma delegação da comunidade de Faro das irmãs Missionárias da Caridade (mais conhecidas como irmãs de Teresa de Calcutá), e por alguns cristãos de outras confissões.
A celebração, caracterizada pelo ambiente orante onde alternaram os gestos simbólicos com os cânticos repetitivos de mensagem curta e os momentos de silêncios, ficou ainda marcada pelo testemunho da superiora da comunidade algarvia das Missionárias da Caridade.
A irmã Maria del Camiño explicou que antes, apesar de ter uma “boa família” e trabalhar numa instituição bancária onde “tinha um bom trabalho”, “não era feliz”. “Agora sou muito feliz e a minha vocação é o melhor alimento. Agora não tenho nada, mas tenho a Deus. Sou feliz no silêncio e estando com Deus”, confessou a religiosa de origem espanhola.
Na vigília, em que se rezou pelas também pelas comunidades cristãs de Aljezur, pelas famílias do concelho, pelas crianças vítimas de maus-tratos e agressões, pelos jovens, pela Comunidade Ecuménica de Taizé e pelas irmãs Missionárias da Caridade, o bispo do Algarve agradeceu aos jovens do concelho de Aljezur e às suas famílias, não só pela organização daquele encontro anual, mas também pela organização das peregrinações anuais a Taizé e demais encontros realizados em torno daquela espiritualidade. D. Manuel Quintas considerou essas iniciativas como um “serviço” prestado e uma “riqueza” para a Igreja diocesana algarvia e não apenas para a paróquia de Aljezur.
A terminar, o prelado deixou ainda aos jovens um forte apelou à oração.
Na oração foi ainda lida uma mensagem do irmão David, o único membro português da Comunidade Ecuménica francesa, através da qual manifestou a sua “comunhão e oração” com o VI Encontro Diocesano de Jovens ligados a Taizé e se congratulou com a realização do mesmo, lembrando a sua presença em duas edições anteriores.
O encontro teve continuidade ontem com a celebração da Eucaristia, presidida ao final da manhã na igreja matriz pelo padre José Joaquim Campôa, pároco de Aljezur, e terminou à tarde, por volta das 15.30h, com um novo momento de oração na igreja.