O vice-presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, José Carlos Barros, confirmou à Lusa a falta de água na cidade devido "a uma rutura numa das principais condutas de abastecimento à cidade", mas frisou que "se trata de uma situação imprevista" e sobre a qual era "impossível avisar a população".

José Carlos Barros acrescentou que, além da rutura, "houve uma avaria numa válvula que não havia para entrega em nenhum ponto do Algarve e teve de ser adquirida em Lisboa, ainda não tendo chegado" à cidade algarvia.

"Desde as 11:00, pelo menos, que não há água e ninguém avisou nada. Pensámos que fosse um corte por pouco tempo, mas já passaram mais de oito horas", lamentou o proprietário de um restaurante, sublinhando que "o negócio está a ser prejudicado".

Também Bárbara Ramos, residente na cidade, lamentou a falta de água durante tanto tempo e os inconvenientes que tem causado. "Uma pessoa chega a casa depois de um dia de trabalho, quer tomar um banho e não tem água. Nem para fazer comida. Ainda por cima não avisam as pessoas, porque eu já falei com várias e ninguém sabia de nada", afirmou.

A situação já se prolonga há mais de nove horas e a autarquia ainda não sabe por quanto tempo se irá manter, mas o vice-presidente espera que "de manhã, quando a população acordar, já haja água".

"Houve uma rutura numa conduta de 350 milímetros por volta das 11:00 e as condições muito adversas têm dificultado o trabalho", afirmou o responsável autárquico, referindo-se à elevada concentração de água no solo devido às chuvas que se têm registado na cidade.

"Está tudo no terreno, os trabalhos irão manter-se durante a madrugada e espero, com elevado grau de certeza, porque nestas questões é impossível dar certezas, que já haja água quando a população acordar de manhã", disse José Carlos Barros.

O vice-presidente da câmara algarvia garantiu ainda que os bombeiros também foram contactados e "estão a distribuir água pelos serviços prioritários e a quem pedir".

Lusa