“A celebração dos cinquenta anos do Concílio Vaticano II é uma oportunidade para afirmar a validade e a atualidade do Concílio. O caminho percorrido ao longo destes anos pós-conciliares mostrou uma Igreja mais atenta aos problemas do homem e leva-nos a reconhecer que a Igreja existe para dar a conhecer a mensagem e a pessoa de Jesus Cristo”, assinalaram as conclusões das jornadas, que decorreram no Instituto Superior de Teologia de Évora entre os dias 21 e 24 deste mês.
A iniciativa teve como tema ‘Concílio Vaticano II: sinal dos tempos para os novos tempos’, contando com a intervenção de vários especialistas, incluindo o cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo.
Os cerca de 80 participantes observam que “proclamar a atualidade do Concílio Vaticano II significa continuar atento aos sinais dos tempos para fazer uma adequada hermenêutica dos textos conciliares”.
“Houve mudanças no mundo e na Igreja: estendeu-se o fenómeno da secularização, assistimos a mutações sociais, políticas, culturais e científicas, a alterações demográficas e familiares. Os protagonistas do Concílio não podiam prever todos os problemas atuais e, de facto, a Igreja situa-se neste mundo de forma muito diferente de há cinquenta anos”, referem as conclusões do evento.
O documento fala no caminho a percorrer “no campo da comunhão e da participação dos leigos” e frisa que “os desafios colocados pelo mundo atual exigem da Igreja respostas adequadas que passam pela Nova Evangelização”, com atenção à nova cultura digital.
As conclusões destas jornadas apontaram o caminho do “diálogo” e da “gratuidade” como “resposta ao sentimento atual de crise”.
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