A Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) apresentou na sexta-feira a marca “Produto Algarve”, que visa certificar a origem dos produtos da região com um selo de qualidade e divulgá-los em Portugal e no estrangeiro.
Em conferência de imprensa, o presidente da ACRAL, Victor Guerreiro, explicou que o objetivo é certificar a origem dos produtos algarvios, desenvolvendo o conceito de marca comunitária, à qual os agentes económicos podem, por enquanto, aderir de forma gratuita.
Um dos objetivos da marca, integrada no projeto “Algarve Positivo”, é criar uma base de dados regional de produtores, produtos e lojas tradicionais, que será disponibilizada numa plataforma online e através de uma aplicação para telemóveis.
A marca servirá para identificar os produtos e produtores integrados no sistema de certificação comunitária, sendo o projeto, que prevê um investimento de 460 mil euros, cofinanciado pelo Programa Operacional do Algarve (POAlgarve21).
Segundo o diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Fernando Severino, apesar de os citrinos terem sido os primeiros produtos no Algarve a obter Identificação Geográfica Protegida (IGP), a certificação é “pouco usada”, não obstante cerca de 70% da produção nacional ser no Algarve.
“O Algarve, além do turismo, exporta imensos produtos agrícolas, mas não podemos ir para o mercado se não formos em conjunto”, sublinhou Fernando Severino, revelando que está em curso o processo para a obtenção de IGP para o medronho do Algarve.
Para concretizar o projeto, a ACRAL encontra-se a promover uma campanha de sensibilização de produtores e intermediários através de sessões de esclarecimento em todo o Algarve e contactos diretos, entre outras formas.
Na conferência de imprensa de apresentação do projeto estiveram presentes, além do presidente da ACRAL, o presidente da Câmara de Faro, o diretor Regional de Agricultura e Pescas e um vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.