"A Comissão de Utentes da Via do Infante lamenta e condena com veemência a intenção do novo governo em avançar com a introdução de portagens na Via do Infante. Nada justifica a colocação de portagens no Algarve, as quais só irão agravar drasticamente a profunda crise económica e social que atinge a região", considerou a Comissão num comunicado hoje divulgado.

Fonte da Comissão disse à Lusa que, segundo as informação de que dispõe, "o governo tenciona aprovar a legislação com o valor das portagens, regimes de isenções, até final do mês", pelo que a introdução de portagens é uma questão de tempo até se efetivar.

A comissão refere que "os algarvios já demonstraram que rejeitam inequivocamente as portagens na Via do Infante através de grandes lutas e movimentos realizados no último ano, durante a vigência do governo PS" e mostra-se "determinada a continuar as movimentações contra as portagens, endurecendo as formas de luta, agora sob a vigência do novo governo PSD/CDS".

A Comissão de Utentes anuncia ainda que vai realizar de uma assembleia de utentes da Via do Infante e de outros cidadãos, no sábado, a partir das 16:00 horas, em Loulé, "com a finalidade de fazer um balanço das ações empreendidas e discutir novas formas de luta contra a introdução de portagens no Algarve".

A introdução de portagens na A22 tinha sido decidida pelo anterior governo do PS e esteve prevista para entrar em vigor a partir de 15 de abril, mas o Executivo decidiu adiá-las depois da demissão do então primeiro-ministro, José Sócrates, por temer que a decisão pudesse ser ilegal, por se encontrar em gestão.

Os pórticos já estão instalados em 10 pontos da autoestrada que liga o Algarve entre Vila Real de Santo António e Lagos.

Lusa