A empresa, que cumpriu em dezembro 174 anos, lançou a primeira pedra desta fábrica em maio, num investimento que ascende, de acordo com o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP), a 1,3 milhões de euros e "beneficia de um apoio do Programa Operacional da Pesca (PROMAR), de 709 mil euros".
"A nova fábrica processa uma gama diversificada de produtos provenientes da aquicultura offshore (da Ilha da Armona), das estruturas fixas de bivalves e da captura de corvinas e scombrideos. A nova unidade industrial está apta a preparar e congelar produtos da pesca e da aquicultura", segundo uma nota do MADRP.
De acordo com o ministério, "a fábrica criará 17 postos de trabalho, processando 1800 toneladas de bivalves e 2850 toneladas de peixe, a que corresponderá um volume de vendas de 11 milhões de euros anuais, dos quais 70 por cento se destinam à exportação para países da União Europeia e extra comunitários".
António Farinha, administrador da Companhia de Pescarias do Algarve, disse à Lusa que é com "muita expetativa e entusiasmo" que vai inaugurar a nova unidade fabril e espera que este seja "o início do relançamento da companhia para alcançar o lugar de destaque que já teve nas pescas em Portugal".
"Este investimento é o primeiro de um conjunto de três que rondam os 10 milhões de euros", frisou o administrador, referindo-se à produção aquícola de mexilhão, ostras e vieiras no offshore da Armona, já iniciada, e a duas armações de atum, que a companhia tem já aprovadas para criar.
Farinha explicou que a fábrica "irá agora fazer testes e ensaios" e previu "arrancar com a laboração em fevereiro".
"Estes 17 postos de trabalho vão já ser criados nesta primeira fase, mas com o global do investimento de 10 milhões de euros temos previsto chegar aos 250 postos de trabalho diretos", disse ainda.