“Para fazer o mesmo serviço, abre-se a admissão de cerca de 200 trabalhadores em regime totalmente precário, quando ao mesmo tempo se recorre ao despedimento de mais de 300 trabalhadores, alguns deles com décadas de trabalho na companhia”, criticou o deputado comunista Bruno Dias, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Segundo o deputado do PCP, o ministério do Trabalho deve esclarecer quais as medidas a tomar pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT): “Qualquer empresa que faça isto tem de ser punida, ainda para mais quando são empresas que estão sob a tutela direta do Governo”.

“Isto é da maior gravidade, porque como foi assumido pelo próprio presidente da companhia, tal como pelo da TAP, esta é uma situação que é feita praticamente por encomenda daqueles que estão interessados na compra da empresa e na sua privatização”, referiu.

Bruno Dias sublinhou que tanto a TAP como a Groundforce “são duas empresas em que o patrão é o Governo, o acionista é o Estado e pelo qual responde o ministério dos Transportes”, que deve pronunciar-se “sobre as ordens que foram dadas e sobre que conhecimento tem o Governo desta matéria”.

Lusa