Sob o tema "Teu Caminho é Fonte de Alegria", o Encontro Diocesano teve como objetivo “reunir os convivas algarvios de várias gerações para se conhecerem e, juntos, atiçarem a «chama» [da fé] que eventualmente possa estar a perder intensidade”, explicou ao Folha do Domingo, João Mendonça, da organização do encontro.

A noite teve início no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Loulé, popularmente conhecida como Mãe Soberana, com a vigília presidida pelo padre Joel Teixeira, da equipa de assistência espiritual do MFC, e participada por cerca de 100 jovens de todo o Algarve.

Na celebração, na qual os jovens foram convidados a responder a quatro perguntas – “O que sinto? O que mudava em mim?; Como vivo a minha fé?; O que espero deste encontro?” –, o sacerdote exortou os presentes ao testemunho cristão na vida. “Se eu sou capaz de abrir o coração a Deus, isso tem de se ver. E este é o maior problema que temos”, considerou, lembrando que “as palavras requerem gestos, atitudes, formas de vida”.

“Que nesta noite, entre muitos propósitos, cada um peça a fortaleza para ser sinal deste Deus. O mundo precisa de homens e mulheres com fé, que acreditem que o futuro pode ser melhor, que Deus está connosco e não nos abandona”, afirmou, desafiando a “abrir o coração a Deus e a deixá-lo entrar”.

Lembrando que “a felicidade está em Deus, é Deus”, o sacerdote exortou cada jovem a olhar para a sua vida a fim de se dispor a fazer um “caminho físico” mas, sobretudo, “interior”. “Este caminho é sinal de um outro que desejamos fazer com Deus e para Deus. Esse é, muitas vezes, escuro e a escuridão esconde as ratoeiras e, sozinhos, não o conseguimos fazer. Por isso, peçamos a Deus que nos ajude a fazer este caminho, da nossa vida”, complementou.

Cerca de 40 dos participantes da vigília, iniciaram no final da mesma a caminhada que os levou até à igreja das Pereiras, na zona das Quatro Estradas (Quarteira). Pelo caminho, os jovens foram montando o logótipo do Ano da Fé que a Igreja está a celebrar e refletiram sobre a oração do Credo, tendo três momentos de paragem.

A primeira paragem procurou proporcionar o encontro pessoal, com a própria vida, a partir do exemplo da vida de Jesus. O segundo momento procurou proporcionar o encontro com Deus, refletindo sobre o chamamento de Jesus e envio do Espírito Santo sobre os apóstolos, e na terceira estação refletiu-se sobre o encontro com os outros, em comunidade, como preparação para a eucaristia que foi presidida, por volta das 6h do dia seguinte, pelo padre Rui Guerreiro, assistente espiritual do MCF.

Samuel Mendonça