Cerca das 18:00 de terça-feira três crianças brincavam no parque lúdico de Albufeira, junto à rotunda dos golfinhos, altura em que se ouviu um “som” e logo a seguir uma criança a queixar-se de dor na “coxa esquerda”, explicou fonte da GNR.

A criança deu entrada nas Urgências da Pediatria, mas não inspirava perigo de vida.

A Polícia Judiciária confirmou à Lusa que está a investigar o caso, mas não adiantou mais informações.

Fonte das relações públicas do Hospital Central de Faro confirmou hoje à Lusa que a criança ferida recebeu alta médica esta manhã e que saiu pelo seu próprio pé do Serviço de Observação da Urgência de Pediatria do Hospital de Faro.

A equipa médica suturou a ferida, mas não extraiu o projétil da coxa da criança, que continua alojado naquele local do corpo, adiantou a mesma fonte hospitalar.

“A criança só foi suturada, o projétil está lá dentro, mas não corre qualquer perigo e vai ser acompanhada e seguida em consulta”, acrescentou.

Em declarações à Lusa, um médico do Hospital de Faro, Armindo Figueiredo, explicou que clinicamente" opta-se, por vezes, pela solução de não retirar o objeto estranho do corpo para diminuir os estragos e deu como exemplo tiros de caçadeira em que se espalhem os micro projéteis pelo corpo.

“Por serem objetos inertes podem ser rejeitados pelo corpo humano naturalmente”, explica, acrescentando que a solução de deixar o projétil acontece mais em situações de ferimentos na cabeça.

Fonte da GNR admite que para o projétil ter sido deixado na coxa da criança pelos médicos é porque não se tratará de uma bala, mas sim de um “chumbinho” de uma pressão de ar, uma arma de recreio.

Se fosse uma bala deveria ser retirada do corpo da criança para investigação policial, acrescenta a mesma fonte policial.

Lusa