Na vigília, que procurou ajudar a promover o compromisso e o testemunho eclesial por uma cultura da vida e do amor, D. Manuel Quintas proferiu uma homilia marcada pela intervenção do Papa na vigília a que presidiu na véspera em plena Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O prelado destacou a afirmação do Papa de que “há correntes culturais que procuram anestesiar as consciências com motivações enganadoras”, acrescentando que “o embrião no ventre materno não é um amontoado de material biológico, mas um novo ser vivo”. “É importante estar despertos para a verdade destas afirmações. A vida é sempre um bem. A vida é sempre um dom”, acrescentou D. Manuel Quintas, garantindo que, “perante esta cultura de morte e de desrespeito pela vida humana, queremos reafirmar com maior vigor o valor da vida humana”.
D. Manuel Quintas salientou que é preciso “ser a voz de quem a não tem e por isso não se pode defender”. Dirigindo o mesmo apelo que o Papa João Paulo II lançara na encíclica “Evangelium vitae – O Evangelho da Vida”, o prelado pediu: “respeita, defende, ama e serve a vida”. “Defender e promover, venerar e amar a vida, é tarefa que Deus confia a cada homem. É um direito e um dever de todos”, disse, apontando nesta missão a família como “sujeito insubstituível”, pois “é verdadeiramente santuário da vida”.
O Bispo diocesano exortou a que se celebre o “Evangelho da vida”, “o Deus da vida e que dá a vida”, “com a oração, com a liturgia e os sacramentos e, de modo particular, com a nossa vida quotidiana, vivida no amor pelo outros e na doação de si mesmos”. “Trata-se de cuidar da vida toda e da vida de cada um”, complementou.
D. Manuel Quintas fez ainda referência à “inumerável e rica variedade de instituições e associações” que trabalham em prol da vida, chamadas a “prestar um serviço insubstituível em favor de toda a sociedade e da humanidade”.
A terminar, o Bispo do Algarve explicou a finalidade de a Igreja algarvia se associar a esta iniciativa. “Queremos associar-nos a este grito de toda a humanidade, dirigido a Deus Pai, para que cada vida humana seja respeitada, protegida e amada por todos e em todas as circunstâncias. Apenas este será o caminho, portador para todos, da justiça, do desenvolvimento, da paz e da felicidade”, afirmou D. Manuel Quintas.
No decurso da celebração, em que esteve exposto o Santíssimo Sacramento, hóstia consagrada que para os católicos é o próprio Jesus Cristo, foi ainda realizada uma bênção sobre cinco grávidas presentes.
A celebração foi participada por muitos cristãos, sobretudo da cidade de Faro, apesar da noite invernosa que se fez sentir com muita chuva.
Samuel Mendonça