“Temos até freguesias que assumiram o próprio nome da padroeira como a Conceição de Faro ou a Conceição de Tavira”, sustentou ontem D. Manuel Quintas, na Eucaristia da solenidade da Imaculada Conceição a que presidiu à noite na sé de Faro, lembrando ainda que “além das paróquias há muitas capelas no Algarve que têm Nossa Senhora da Conceição como padroeira”.
O prelado recordou ainda que Deus preservou Nossa Senhora de “toda a mancha de pecado” e que, por isso, os católicos a acolhem, veneram e celebram como a Imaculada Conceição.
“Celebrar a Imaculada Conceição, tendo presente a adesão de Maria a este projeto de Deus, deve constituir para nós um alerta para a necessidade de também nós aderirmos ao dom que Deus nos concedeu em Cristo, de modo que a vocação a que fomos chamados – sermos santos – ilumine a nossa vida e todas as suas vicissitudes e também determine as nossas opções”, afirmou.
O bispo do Algarve, que convidou os presentes a passarem pelo novo altar da catedral diocesana ontem inaugurado, dedicado a Nossa Senhora da Conceição, para lhe fazerem uma oração de consagração, lembrou que o rei D. João VI acolheu e declarou a Senhora da Conceição como rainha e padroeira de Portugal, dois séculos antes do Papa Pio IX ter proclamado esta “verdade de fé” em 1854.
Referindo-se à representação de Nossa Senhora da Conceição, D. Manuel Quintas explicou ainda que a lua aos seus pés significa que a «luz» de Maria “não é própria mas refletida”.
Samuel Mendonça