O prelado acolheu assim a proposta do padre Flávio Martins (ver notícia) e apelou a casais que “pudessem estar disponíveis para escutar e serem estímulo e sinal de perdão e reconciliação”, mas também sinais “da capacidade de aceitação do outro” e de um “olhar ao longe”.

D. Manuel Quintas disse ainda considerar “oportuno e necessário” criar, para além dessas estruturas paroquiais, um “espaço de encontro a nível diocesano”, que possa servir também de “partilha com a Diocese de Huelva”.

Recorde-se que o movimento das ENS tem, no Algarve, um historial de intercâmbio com a vizinha Diocese de Huelva, em Espanha, tendo já realizado diversos encontro conjuntos de formação e convívio, quer no Algarve, quer em Espanha.

O bispo do Algarve pediu ainda aos casais cristãos que assumam de Cristo os seus sentimentos e atitudes.

O prelado referiu-se concretamente aos sentimentos de “misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência” e apelou a que os membros da família sejam “suporte uns dos outros”. D. Manuel Quintas lembrou como “o perdão é fundamental e um meio de crescimento no amor”. “Não podemos crescer no amor se não crescemos na capacidade de nos perdoarmos uns aos outros. Só ama verdadeiramente, quem perdoa verdadeiramente”, acrescentou, lembrando que “a caridade é sempre o vértice de tudo”. “A caridade é o elemento que dá consistência, verdade e autenticidade a todas as outras atitudes e as torna eficazes”, complementou, referindo-se ainda à paz. “A paz é o fruto de todas estas atitudes, particularmente do perdão. Só conseguimos viver em paz connosco, com os outros e com Deus, se tivermos a capacidade de perdoar e se o amor for a base desse perdão”, afirmou.

Por outro lado, o bispo diocesano exortou os casais cristãos a serem diferentes, considerando que essa atitude é um “enriquecimento”.

Samuel Mendonça