O V Congresso Eucarístico Nacional, que se realizou em Braga de 31 de maio a 02 de junho, contou com a participação de 13 elementos da Diocese do Algarve e o delegado diocesano aos congressos eucarísticos (nacionais e internacionais) disse que tinha a consciência de que iriam “viver um tempo de graça” que se confirmou. “Tinha uma expetativa muito alta e muito positiva e ela não sai daqui nada defraudada”, começou por referir o padre Pedro Manuel.

“O Senhor sempre me falou muito a partir da Eucaristia e eu queria muito que alguns paroquianos meus experimentassem isso”, prosseguiu o sacerdote que é também pároco das paróquias de Boliqueime, Ferreiras e Paderne.

“Tocou-me muito a experiência de irmos em conjunto à capela do Santíssimo”, acrescentou, referindo-se à visita diária que o grupo algarvio fez questão de assumir durante o congresso e que foi apontada por todos como um dos momentos mais significativos da participação naquela atividade que teve como tema ‘Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. «Reconheceram-n’O ao partir o Pão»’ e que reuniu cerca de 1400 participantes das dioceses católicas de Portugal no Fórum Braga.

Concretamente sobre as intervenções, o padre Pedro Manuel destacou a referência do enviado especial do Papa ao referir na homilia da Eucaristia de encerramento, a que presidiu no domingo de manhã no Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, que “celebrar a Eucaristia é assumir a responsabilidade de se tornar pão”. “Para mim, isto teve sabor de novidade, de Espírito Santo, escutar da voz do cardeal Tolentino que celebrar a Eucaristia é assumir a realidade de se tornar pão”, testemunhou, juntando àquela reflexão a do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, ao referir “deixai-me ser trigo moído pelos dentes dos leões”, citando, na Eucaristia a que presidiu no sábado, uma passagem do martírio de Santo Inácio de Antioquia.

Por outro lado, o padre Pedro Manuel disse ter ficado sensibilizado com os desafios a uma Igreja “eucarística, samaritana e mariana”. “Eucarística e mariana estava já bastante presente em mim, mas uma Igreja samaritana, do permanente baixar-se, assumindo a linguagem da compaixão e da escuta, é uma das coisas que vou levar do congresso para a vida”, confessou.

O delegado diocesano disse ainda ter retido a ideia de que “a Igreja está grávida do futuro”, deixada pelo padre Carlos Carneiro, orador da terceira conferência do congresso, subordinada ao tema “Alimentar a Esperança”. “O futuro da Igreja somos nós que somos hoje o seu presente. Então é uma Igreja grávida de nós próprios que nos ajuda a perceber que a vontade de Deus é aquilo que somos chamados a ser”, completou o padre Pedro Manuel, que disse ainda ter ficado tocado pelo fato de os congressistas algarvios terem constituído “uma comunidade temporária”.

A comitiva algarvia foi encabeçada pelo padre Pedro Manuel, uma vez que o bispo diocesano não pôde participar como desejava por motivos de saúde, e contou com representantes das três regiões pastorais que constituem a diocese algarvia, oriundos concretamente das paróquias de Boliqueime, Ferreiras, Lagos, Moncarapacho, Paderne, São Pedro e Sé de Faro e do Movimento dos Focolares.