“A Arte Conventual dos Registos Religiosos” é o título da exposição que estará patente ao público de 15 a 31 de janeiro de 2016, na Casa André Pilarte (junto à Câmara Municipal de Tavira) e que terá trabalhos realizados pelo artesão Délio Lopes.
“Descobri há poucos anos a arte de fazer registos religiosos e, por curiosidade, comecei por fazer um, em dezembro de 2014”, conta o artista de 39 anos, natural de Tavira. E explica: “Estes trabalhos eram feitos nos conventos pelas freiras aproveitando pedaços de tecidos que já não lhes serviam e decorando com flores secas a galões, damascos ou flores de cera”. Esses tecidos adornavam pequenos santinhos ou pagelas, que assim ganhavam outra dignidade e passavam a adornar as casas de quem as recebia. No século XVIII, graças ao crescente número de gravadores e do comércio de gravuras, esta arte ganhou particular expressão e os objetos evocativos da participação em atos de culto passaram a ser incluídos nestes suportes (medalhas, fitas e outros materiais).
Os registos podem, também, ser designados como “Memórias” ou “Saudades” (quando são feitas com recordações de momentos específicos, como por exemplo, pagelas de batismo), “Santinhos” ou “Bentinhos” (por poderem ser executados com imagens de santos) ou, ainda, “Lâminas” (estas não são feitas numa caixa de vidro), “Maquinetas” e “Lapelas”.
Délio Lopes faz, ainda, trabalhos em escamas de peixe, arte muito popular e tradicional dos Açores.
Quem desejar visitar a exposição poderá fazê-lo de segunda a sábado (das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00) e domingos (das 14h00 às 18h00).
Para mais informações poderão contactar o artesão, através do telefone 963511238.