Em comunicado de imprensa, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região (CCDR) do Algarve refere que os desempregados da construção civil representavam nos últimos três meses do ano passado 25% dos que procuram novo emprego.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego era de cerca de 27 mil indivíduos, o que cifrou a taxa de desemprego em 14,7%, o valor mais elevado registado no terceiro trimestre de um ano, nos últimos doze anos.
Em termos homólogos, a população empregada diminuiu 2,7%, refere ainda o boletim hoje publicado no sítio de Internet da CCDR/Algarve.
Globalmente, e de acordo com os indicadores analisados, a economia algarvia apresentou um desempenho desfavorável em relação ao mesmo período do ano anterior, com exceção da actividade turística, que teve uma evolução positiva.
No setor empresarial, a constituição de novas pessoas colectivas com sede na região (264) foi superior ao número das que se dissolveram (221), mas apesar do saldo positivo, houve um aumento de 35,6% nas dissoluções, em comparação com o terceiro trimestre de 2011.
O nível de incumprimento dos compromissos bancários das empresas continuou a subir e o crédito vencido passou a representar quase 20% do montante dos empréstimos concedidos às empresas com sede no Algarve, valor "muito superior" à média nacional, sublinha a CCDR.
Nos transportes, com exceção do movimento de passageiros no aeroporto de Faro, registou-se um decréscimo dos utentes em todos os modos de transporte e redução dos fluxos de tráfego nas três vias e troços analisados.
Na A22 (Via Infante de Sagres), o tráfego médio diário diminuiu 42,2% face ao mesmo trimestre de 2011.
Apenas a atividade turística parece ter dado sinais de recuperação, devido ao aumento do número de hóspedes e dormidas (mais 2,4% e mais 3,5%, respetivamente).
Em comparação com o mesmo período de 2011, registou-se igualmente uma evolução favorável do tempo médio de estadia, da receita média por quarto e dos proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros, conclui a CCDR.
Lusa