O Dia Diocesano do Catequista decorreu este sábado de manhã na paróquia de Altura com a participação de quase 200 educadores de todo o Algarve.

Naquela iniciativa promovida pelo Setor da Catequese da Infância e Adolescência da Diocese do Algarve, o bispo da diocese destacou a “generosidade e dedicação” dos catequistas, “sacrificando a própria família”, e pediu que cada um seja “discípulo e construtor de uma comunidade sinodal, missionária e ministerial”, acrescentando a caraterística sinodal ao título do encontro.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

D. Manuel Quintas explicou que uma Igreja sinodal implica “pôr a comunidade a caminhar, envolvida na catequese” e que uma “comunidade profética” é aquela que “vive do batismo”. Sublinhando a importância de “uma comunidade ministerial”, disse não “desvalorizar o ministério ordenado”, nem “supervalorizar os ministérios que brotam do batismo”. “Estou simplesmente a acentuar que a Igreja deve apoiar-se nesta dimensão. Os dons, os serviços, os carismas, existem não para nos conceder um suplemento de dignidade, mas uma particular habilitação para o serviço. Quanto mais a Igreja for ministerial, mais missionária será, mais sinodal será”, considerou.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Lembrando que “não há comunidade” nem “catequese fecunda sem Eucaristia”, aquele responsável lamentou que haja catequistas que têm dificuldade em participar na celebração e deixou claro que “é impossível ser catequista sem participar na Eucaristia”. “Sei que há catequistas que têm dificuldade em ir à missa e, às vezes, não vão, particularmente no verão”, disse, explicando que as suas palavras não eram “de admoestação, mas de exortação”. “Sei que não é fácil serem catequistas, terem família, filhos”, acrescentou.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O bispo do Algarve referiu-se ainda aos catequistas que foram agraciados por 25 ou mais anos de catequese e aos que fizeram a formação ‘Ser Catequista’ e que num momento celebrativo por si presidido receberam os certificados. “Também é muito motivo de alegria e de ação de graças o vosso serviço silencioso, abnegado, tantas vezes difícil, que prestais às nossas comunidades”, afirmou, agradecendo ao diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve, padre Pedro Manuel, e à coordenadora do Setor Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência, irmã Arminda Faustino, pelo “impulso renovado que estão a dar a este setor da pastoral” da Igreja algarvia. “Que este encontro possa dar-nos o impulso renovado naquela que é a nossa missão como catequistas nesta nossa Igreja diocesana”, disse aos restantes educadores.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve destacou não só “a oportunidade do tema, mas a realidade do mesmo” e agradeceu também a presença e a “dedicação de sempre” aos educadores. “Este foi um ano em que apostámos profundamente na formação”, afirmou, considerando que aquela manhã foi “não só de partilha e formação, mas de espiritualidade”. “Quando partilhamos a mesma vocação, a vocação da evangelização, e quando estamos uns com os outros crescemos, aprendemos e até vivemos melhor a nossa fé”, afirmou o padre Pedro Manuel, lembrando que o Dia Diocesano do Catequista “é sempre um dia de festa, partilha, formação e ação de graças”.

O sacerdote considerou que a distinção de catequistas com 25 anos ou mais anos serviu para “evidenciar e entusiasmar todos pelo testemunho daqueles que já são catequistas há algum tempo”.

Foto © Pedro Quintans/Educris

O diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã, que também esteve presente, destacou aquele que disse ser “o convite permanente de Jesus a cada um dos catequistas: Vem, segue-me, vive-me e anuncia-me”. “Aceitemos o desafio de Jesus”, pediu Fernando Moita.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O dia, que contou também com a participação da irmã Arminda Faustino, que é também a diretora do Departamento Nacional da Catequese, ficou marcado pela intervenção da diretora do Secretariado da Educação Cristã da Diocese do Porto e professora de catequética, Isabel Oliveira.

Catequistas do Algarve desafiados a fazerem “catequese catecumenal, mistagógica e querigmática” (c/fotorreportagem)