O Dia Diocesano do Catequista decorreu este sábado de manhã na paróquia de Altura com a participação de quase 200 educadores de todo o Algarve.
Naquela iniciativa promovida pelo Setor da Catequese da Infância e Adolescência da Diocese do Algarve, o bispo da diocese destacou a “generosidade e dedicação” dos catequistas, “sacrificando a própria família”, e pediu que cada um seja “discípulo e construtor de uma comunidade sinodal, missionária e ministerial”, acrescentando a caraterística sinodal ao título do encontro.
D. Manuel Quintas explicou que uma Igreja sinodal implica “pôr a comunidade a caminhar, envolvida na catequese” e que uma “comunidade profética” é aquela que “vive do batismo”. Sublinhando a importância de “uma comunidade ministerial”, disse não “desvalorizar o ministério ordenado”, nem “supervalorizar os ministérios que brotam do batismo”. “Estou simplesmente a acentuar que a Igreja deve apoiar-se nesta dimensão. Os dons, os serviços, os carismas, existem não para nos conceder um suplemento de dignidade, mas uma particular habilitação para o serviço. Quanto mais a Igreja for ministerial, mais missionária será, mais sinodal será”, considerou.
Lembrando que “não há comunidade” nem “catequese fecunda sem Eucaristia”, aquele responsável lamentou que haja catequistas que têm dificuldade em participar na celebração e deixou claro que “é impossível ser catequista sem participar na Eucaristia”. “Sei que há catequistas que têm dificuldade em ir à missa e, às vezes, não vão, particularmente no verão”, disse, explicando que as suas palavras não eram “de admoestação, mas de exortação”. “Sei que não é fácil serem catequistas, terem família, filhos”, acrescentou.
O bispo do Algarve referiu-se ainda aos catequistas que foram agraciados por 25 ou mais anos de catequese e aos que fizeram a formação ‘Ser Catequista’ e que num momento celebrativo por si presidido receberam os certificados. “Também é muito motivo de alegria e de ação de graças o vosso serviço silencioso, abnegado, tantas vezes difícil, que prestais às nossas comunidades”, afirmou, agradecendo ao diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve, padre Pedro Manuel, e à coordenadora do Setor Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência, irmã Arminda Faustino, pelo “impulso renovado que estão a dar a este setor da pastoral” da Igreja algarvia. “Que este encontro possa dar-nos o impulso renovado naquela que é a nossa missão como catequistas nesta nossa Igreja diocesana”, disse aos restantes educadores.
O diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve destacou não só “a oportunidade do tema, mas a realidade do mesmo” e agradeceu também a presença e a “dedicação de sempre” aos educadores. “Este foi um ano em que apostámos profundamente na formação”, afirmou, considerando que aquela manhã foi “não só de partilha e formação, mas de espiritualidade”. “Quando partilhamos a mesma vocação, a vocação da evangelização, e quando estamos uns com os outros crescemos, aprendemos e até vivemos melhor a nossa fé”, afirmou o padre Pedro Manuel, lembrando que o Dia Diocesano do Catequista “é sempre um dia de festa, partilha, formação e ação de graças”.
O sacerdote considerou que a distinção de catequistas com 25 anos ou mais anos serviu para “evidenciar e entusiasmar todos pelo testemunho daqueles que já são catequistas há algum tempo”.

O diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã, que também esteve presente, destacou aquele que disse ser “o convite permanente de Jesus a cada um dos catequistas: Vem, segue-me, vive-me e anuncia-me”. “Aceitemos o desafio de Jesus”, pediu Fernando Moita.
O dia, que contou também com a participação da irmã Arminda Faustino, que é também a diretora do Departamento Nacional da Catequese, ficou marcado pela intervenção da diretora do Secretariado da Educação Cristã da Diocese do Porto e professora de catequética, Isabel Oliveira.