O diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve disse que o 61º Encontro Nacional de Catequese que esta terça-feira, 02 de abril, arrancou em Ferragudo, com quase 90 catequistas de todas as dioceses portuguesas, surge para a Igreja algarvia no “culminar de um caminho que abre uma porta” e não como “fim da formação” que tem sido feita na diocese.
“A diocese está apostada numa renovação não só nas suas estruturas, mas também no modus faciendi da sua pastoral. E esta reflexão que vai ser feita aqui pode ser também animadora no sentido de nos ajudar a perceber para onde é que a Igreja quer caminhar”, afirmou o padre Pedro Manuel em declarações ao Educris, o portal do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), que promove a iniciativa.
Por outro lado, o sacerdote considerou que o encontro poderá ajudar na reflexão que está a ser feita sobre o ministério do catequista. “Sabemos que a Igreja em países de missão ad gentes já fez desenvolver muito a importância do ministério dos catequistas não só na dimensão evangelizadora, mas também na animação da própria comunidade e quem sabe se a nossa diocese não pode receber muito da reflexão que aqui se fizer também para o lançamento desta perspetiva que se quer nova também em Portugal”, declarou aquele responsável que disse ser uma “honra e orgulho receber catequistas de todo o país em reflexão”.
O diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve referiu-se ainda à realidade da catequese de adultos, lembrando que a Igreja algarvia teve nesta Páscoa cerca de 30 batismos. “Muitos dos nossos adultos chegam-nos pela catequese dos filhos. Muitos vem para ser padrinhos e acabam por fazer a caminhada de fé”, explicou, acrescentando ser “um ritmo habitual”. “Quase todas as paróquias ou centros evangelizadores tem um ou dois núcleos de catequese de adultos”, acrescentou, explicando que esta realidade “tem dado muitos frutos, mesmo vocacionais e de compromisso comunitário”.
O padre Pedro Manuel observou ainda que ao Algarve chegam cristãos das mais variadas proveniências, desde “os que vêm dos países de língua oficial portuguesa” até aos que chegam da Europa central e do norte. “Temos comunidades fortes de Angola, Brasil, Ucrânia, Inglaterra… é uma Igreja que é comunidade de nações”, enumerou, considerando que “a proliferação de proveniências torna mais clara a catolicidade da Igreja”.
O Encontro Nacional de Catequese volta ao Algarve 20 anos depois de se ter realizado em 2004 e de ter percorrido todas as restantes dioceses portuguesas.
com Educris