“É um nome decisivo e incontornável quando falamos de turismo, de produto imobiliário, do golfe em Portugal. Nascido para criar, empreender, planear, antecipar, prever, relançar, este homem de visão e de cultura mostra-se, década após década, uma figura liderante, criativa, pedagógica”, afirmou o ex-chefe de Estado português na ‘laudatio’ a Jordan.
Sampaio disse que o empresário é “um grande conhecedor, realizador e inovador do produto turístico” e “distingue-se entre aqueles que perceberam o negócio imobiliário como exigindo uma multidisciplinaridade dinâmica".
Tudo isto "a desembocar numa conceção global e estratégica sobre o turismo, enquadrando-a, há muito tempo, como pólo de desenvolvimento de qualidade”, acrescentou Sampaio, classificando o novo doutor como “pioneiro do desenvolvimento sustentado do golfe" em Portugal.
Jorge Sampaio lembrou projetos realizados por André Jordan, como a Quinta do Lago, a recuperação de Vilamoura, a criação de campos de golfe ou o Belas Clube de Campo, perto de Lisboa, onde conseguiu uma “combinação singular entre a realização ambiental e o enquadramento urbano”.
Jordan é ainda, segundo Sampaio, um defensor do empreendedorismo e do posicionamento competitivo de Portugal nos mercados internacionais.
Numa cerimónia que também distinguiu Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo, com o ‘honoris causa’ em Turismo, Jordan agradeceu a distinção à Universidade do Algarve e considerou ser necessário “consolidar as conquistas e retomar a senda do desenvolvimento”.
“Vencer esses desafios passa por encontrar novas formas adaptadas às grandes transformações que Portugal e o Mundo atravessam. Num tempo de dificuldades a palavra de ordem é vender, sairmos juntos aos mercados com as nossas mensagens e os nossos produtos, quer turísticos quer imobiliários”, defendeu.
André Jordan propôs que se divulgue no Mundo o “Portuguese Style, um estilo sóbrio, confortável, elegante e de boa relação qualidade/preço”.
Segundo o mesmo, “há que inovar na oferta, com programas de fidelização para vincular os nosso clientes, com ‘resorts all inclusive’, com formas de propriedade compartida e com programas de animação para públicos de qualidade. Sempre com uma atitude de simpatia e atenção ao bem-estar dos clientes”.
Na área imobiliária, Jordan considerou necessário “criar condições económicas e fiscais que atraiam o investimento das famílias que procuram segundas residências, bem como dos reformados de alta gama dos países do norte da Europa”.
“Quem está no Algarve há 40 anos – e assistiu à transformação de uma zona isolada do Mundo (e do próprio país) num dos locais mais atrativos e famosos do hemisfério norte – não pode deixar de ter confiança em que saberemos encontrar soluções que consolidem as nossas conquistas e nos abram os caminhos do futuro”, concluiu.
Lusa