Apresentamos um Ego do tamanho do mundo,
como árvores que crescem eternamente cheias de frutos.
O poder e a ostentação são irmãos do Ego.
Com o tempo,
o Ego cresce, mas torna-se frágil,
desconhece o espaço do altruísmo,
e nasce o sofrimento.
Cada um de nós carrega um Ego de cristal,
e nas suas fissuras vivem
as fragilidades do mundo.
É nelas que aprendemos a crescer,
é nelas que encontramos força para suportar a dor.
Quando olho o rosto de um idoso,
observo as rugas como cicatrizes do tempo.
Pergunto-me, em silêncio,
O fim da vida traz-nos mais sofrimento?
E no eco dessa pergunta,
Move-me a essência,
o sentido da vida.
No meu interior surge uma resposta
perante o ego que me fragiliza e não me deixa viver.
Quem mais ama, mais sofre…
e só quem ama
até o fim do mundo
conhecerá a verdadeira felicidade.