Foi uma interessante e salutar experiência para os 46 escuteiros que participaram nestes primeiros Jogos de São Vicente, em que, sob a égide do santo, constituíram-se equipas verticais com todos os escalões etários e percorreram as ruas de Carvoeiro à procura dos santos de azulejo, mediante pistas codificadas. Não obstante o nível de dificuldade dos jogos, com cifras, charadas e orientação com recurso à bússola, Lobitos, Moços, Marinheiros e Companheiros, divididos em cinco grupos verticais, denominados “barcas”, com os nomes de São Vicente, São Francisco de Assis, São José, Nossa Senhora da Encarnação e Santo António, descodificaram com grande eficiência as pistas fornecidas, contribuindo para o enriquecimento da sua caminhada e progresso escutista, no espírito de entre-ajuda, bem com no domínio e conhecimento da toponímia local e seu significado.

Aquilo que para muitos pode passar despercebido – os azulejos de santos nas fachadas das casas – não foi indiferente às equipas que os registaram e estudaram, procurando compreender esta arte secular e tão popular e o seu significado no contexto da religiosidade local. Afinal, Carvoeiro tem um “património” por explorar: os seus azulejos artísticos, na grande maioria de caráter iconográfico e religioso.

No fim, a avaliação da atividade feita pelos participantes não deixou dúvidas: esta iniciática irá ter continuidade.

Falcão da Atalaia