Centralizado na “base de campo” do Agrupamento 181 de Silves, na antiga escola primária do Falacho, o acampamento destinou-se à Flotilha, tendo contado com o serviço da Equipagem Gil Eanes dos Marinheiros. Quatro dirigentes e um Companheiro (escuteiro marítimo do CNE entre os 18 e os 22 anos) orientaram a atividade em que participaram 25 elementos que desfrutaram de grandes e bons momentos num espaço privilegiado, por toda a sua envolvência, nomeadamente a proximidade do rio Arade e da ribeira de Odelouca, onde decorreram várias ações

Com uma mística virada para a Natureza e para a História, que incidiu sobre os povos que o rio Arade conheceu, tais como os fenícios, cartagineses, romanos, cónios e turdetanos, entre outros, o lema do Acampáscoa 2011 foi “Por este Rio Acima”, tendo essa temática estado presente no Grande Jogo de Pista, ao longo desse curso de água, desde o Almarjão, passando pela Rocha Branca, Atalaia, até à ilha do Rosário.

A “Ilha” foi, de resto, o centro do imaginário da atividade, ponto de encontro de confluências fluviais, ponto de encontro da caminhada escutista. Também a ribeira de Odelouca, os sítios de Vale da Lama e Falacho, foram objeto de descoberta por parte dos participantes, noutro Grande Jogo, de orientação, com bússola e carta topográfica.

A noite de Sexta-feira Santa foi especial. Após o jantar, confecionado em Campo pela Tripulação Foca, com a supervisão do mestre da Equipagem Gil Eanes, houve um período de reflexão e debate sobre a Semana Santa e a Páscoa e a sua importância na vida e na caminhada dos escuteiros católicos.

Depois, o Fogo de Conselho foi um dos pontos altos do acampamento, com a “festa do fogo” e a “festa de paladares”, com uma ceia escutista ao redor da fogueira, que incluiu o que cada um trouxe de casa para partilhar, mas também o resultado da pescaria que os Marinheiros organizaram na Ilha do Rosário enquanto decorriam os jogos da Flotilha: uma panela de caranguejos.

A chuva, que foi uma companhia permanente ao longo do acampamento, não perturbou em quase nada as ações desenvolvidas, levando somente a uma pequena alteração programática na manhã de sábado. Mesmo assim, a “cozinha selvagem” para o almoço desse dia, a cargo da Tripulação Hipopótamo, sempre sobre a orientação do mestre da Equipagem, foi um sucesso.

“Além do conhecimento da zona e da descoberta do rio Arade em várias vertentes, os escuteiros de Carvoeiro viveram dias muito positivos na sua progressão pessoal, tanto no que diz respeito à gestão dos recursos, como a nível da vida em campo, da responsabilidade, organização, camaradagem e espírito comunitário”, destaca a organização.

Na tarde de sábado, levantou-se o acampamento, mas o Acampáscoa só iria terminar em Carvoeiro, numa ação com os Bombeiros Voluntários de Lagoa, onde os escuteiros aprenderam e desenvolveram várias técnicas utilizadas pelos “Soldados da Paz” e na qual participaram também os Lobitos (escuteiros do CNE entre os 6 e os 10 anos) do agrupamento, que muito apreciaram as atividades que os Bombeiros lhes proporcionaram. Para essa ação, os escuteiros de Carvoeiro convidaram os seus irmãos do Agrupamento 511 de Lagoa.

O Acampáscoa foi o culminar de várias atividades realizadas no âmbito da comunidade paroquial em época pascal, tais como a ação de serviço dos Marinheiros e Companheiros na Procissão dos Passos, em Lagoa, e a participação de todo o agrupamento na Procissão dos Ramos em Carvoeiro.

A Flotilha é constituída pelo conjunto das Tripulações de um agrupamento de escuteiros marítimos do CNE. Por sua vez, a Tripulações é um pequeno grupo de Moços (escuteiros marítimos do CNE entre os 10 e 14 anos).

A Frota é constituída pelo conjunto das Equipagens de um agrupamento de escuteiros marítimos do CNE. Por sua vez, a Equipagem é um pequeno grupo de Marinheiros (escuteiros marítimos do CNE entre os 14 e os 18 anos).

Falcão da Atalaia