O estudo, que foi hoje apresentado, comparou esta zona do concelho com uma área situada junto ao nó Loulé-Sul da Via do Infante, mas esta última "obteve uma menor classificação por poder vir a colidir com o futuro Hospital Central do Algarve e por se encontrar num corredor ecológico, entre outras", explicou Paulo Bernardo, da ANJE Algarve.

"O estudo analisou instrumentos de Ordenamento do Território, como Plano Director Municipal, Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (PROTAL), ou as condições de tráfego para saber qual destas localizações seria a melhor para o cluster comercial de Loulé", explicou.

Paulo Bernardo acrescentou que "a localização Loulé-Centro permitiria dar uma nova centralidade ao concelho de Loulé, aproximando a sede de concelho às freguesias do litoral de Almancil e Quarteira, e não representaria uma intervenção desgarrada como a de Loulé-Sul", onde "tudo teria de ser criado".

"A localização ficou melhor classificada porque beneficiaria também da reabilitação da antiga fábrica da UNICER, que serviria depois para a criação de todo o restante tecido comercial. Não está localizado em corredor ecológico e não colidiria com o novo hospital e com jogos de futebol que possam realizar-se no estádio Algarve", disse ainda o responsável da ANJE Algarve.

Outra das vantagens seria um investimento de 400 milhões de euros, com criação de 4000 postos de trabalho, contra os 200 milhões e 3000 empregos que a alternativa Loulé-Sul constituiria, sublinhou.

Paulo Bernardo disse ainda que a ANJE fez "todos os esforços para que o estudo fosse imparcial", tendo contratado uma empresa externa, a CISED TERRITÓRIO – Consultores, Lda, para a sua elaboração, uma vez que é parceira da Universidade do Algarve na criação do pólo tecnológico do Algarve.

O pólo deverá ser criado no Parque das Cidades, entre Faro e Loulé, perto do novo hospital central e do estádio construído para o Euro2004, em terrenos próximos dos estudados como possível localização do cluster em Loulé-Sul.

"Apesar de sermos parte interessada devido à nossa participação no pólo tecnológico, pedimos a colaboração de associações comerciais e outras entidades para garantir a maior imparcialidade possível na elaboração deste estudo", garantiu.