Segundo Passos Coelho, a introdução do modelo de regionalização num momento em que o país se esforça para ordenar as contas poderia ser interpretado pelo exterior como uma falha na capacidade para “disciplinar a despesa pública”.

O líder do principal partido da oposição falava hoje de manhã num encontro com autarcas e representantes do turismo na Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), em Albufeira.

O debate em torno da regionalização surgiu na sequência de uma questão colocada ao líder do PSD por uma das pessoas na plateia, tendo Passos Coelho relembrado que esse processo só poderá avançar com uma revisão constitucional.

Passos Coelho afirmou ainda que, ao contrário do que a maioria das pessoas possam pensar, a criação de regiões administrativas “não traz mais classe política, mais despesa pública e mais do mal que as pessoas associam ao Estado”.

“A única maneira de quebrar este ceticismo é mostrar que o processo pode ser feito de outra maneira”, afirmou, sublinhando que a implementação do modelo em apenas uma região piloto poderia ajudar a fazer “a disseminação pelo País”.

Por se tratar de um encontro com empresários do turismo, o presidente do PSD falou ainda sobre as dificuldades que o setor atravessa e fez notar que o turismo não pode ser visto como algo à parte, devendo sim fazer parte de uma estratégia integrada.

“O Turismo não pode ser uma espécie de secretaria de Estado, uma área setorial a tratar, se é uma estratégia nacional tem que ter uma política horizontal”, concluiu.

Folha do Domingo/Lusa