A iniciativa, que ficará patente ao público com entrada livre até ao dia 16 de fevereiro, no Convento de Santo António de Loulé, pretende mostrar que o “ministério sacerdotal é dom de Deus e não conquista humana”, conforme explicou o padre António de Freitas, pároco de Loulé juntamente com o sacerdote aniversariante e o principal impulsionador das comemorações. “O sacerdócio é vocação e chamamento de Deus ao serviço dos homens, por isso a exposição tem este título porque a presença de um sacerdote na humanidade é sempre um mistério de Deus na terra, a misteriosa presença de Deus entre os homens”, sustentou.

O sacerdote considerou que “estas comemorações têm sentido porque o padre não se ordena a si mesmo e não é ordenado para si mesmo, mas surge da Igreja e está para a Igreja”. “O padre, sem a comunidade, não é nada e esta não é uma questão de homenagem mas de comemoração de um ministério que faz parte da vida da Igreja de todos os tempos”, complementou, desejando que a exposição contribua para o encontro com Deus e “uns com os outros”.

O presidente da Câmara de Loulé considerou os 25 anos do padre Henrique Varela em Loulé como um “período de tempo suficientemente grande e importante para nos marcar definitivamente”. “Foi um contributo para a unidade e para a união de iniciativas, particularmente naquilo que tinha a ver com as necessidades que havia em termos sociais no nosso concelho”, afirmou Seruca Emídio, manifestando o “reconhecimento pelo esforço que foi feito ao longo de muitos anos em prol da comunidade”.

A iniciativa divide-se em três grandes áreas que incluem uma mostra de arte sacra do século XVI ao século XX, uma exposição de 25 fotografias, uma de cada ano do padre Varela em Loulé e uma projeção audiovisual relacionada com a identidade do ministério sacerdotal.

Na exposição de arte sacra que está organizada por cinco áreas distintas relacionadas com o ministério sacerdotal – baptismo, hinos de louvor, revestimento e paramentos, cruz e o mistério da Paixão de Cristo e a eucaristia – é possível ver peças de escultura (incluindo imaginária), pintura, paramentaria, ourivesaria, bem como alguns missais e livros de canto.

O sacerdote aniversariante, embora frisando não gostar de “festas pessoais”, agradeceu a homenagem.

Samuel Mendonça