Faleceu no passado dia 8 deste mês, no hospital de Portimão, a irmã Idalina Trindade do instituto das Franciscanas Missionárias de Maria (FMM), que trabalhou no Algarve nos últimos 28 anos.

A religiosa, de 92 anos, que fazia parte da comunidade de Porches das FMM, tinha sido internada alguns dias antes, após ter sido acometida por um AVC.

Natural de Celavisa, concelho de Arganil, a irmã Idalina Trindade entrou no seu instituto em 1959 e passou por diferentes comunidades, antes de rumar ao Algarve. No Porto, trabalhou no hospital pediátrico Maria Pia; em Lisboa, no semi-internato de Nossa Senhora da Conceição, na Assistência Infantil da Freguesia de Santa Isabel, uma instituição ligada à educação de crianças e jovens, e na casa provincial; no Funchal, Madeira, no Convento de Santa Clara.

“Sentindo-se chamada à Vida Religiosa colocou toda a sua energia, numa entrega generosa e dedicada, colocando a render todos os seus dons nos diversos ministérios que lhe foram confiados. O seu testemunho de vida foi bem notório, acolhendo com serenidade os momentos mais difíceis provocados pela fragilidade da sua saúde, deixando-se envolver pelo amor e alegria do Deus presente na sua vida”, refere o seu instituto religioso em comunicado enviado ao Folha do Domingo.

O documento refere ainda que, na comunidade de Porches, a irmã dedicou-se “ao serviço comunitário e ainda às visitas aos doentes e pessoas idosas e isoladas, às quais procurava levar sempre uma palavra de consolo e de alegria”.

“Connosco fica presente o seu testemunho de vida através da sua generosidade, compromisso e sentido comunitário”, acrescentam as irmãs FMM, lembrando que “todos aqueles e aquelas que com ela conviveram, são testemunhas da simplicidade da sua vida de relação e de acolhimento sempre alegre e disponível”.

“A Irmã Idalina partiu para junto do seu e nosso Pai… Fica-nos a força do seu testemunho de simplicidade, de alegria, de acolhimento, de participação ativa na vida da comunidade, da Igreja e do mundo. A sua vida centrada em Cristo, Palavra e Pão, testemunhou uma vida fraterna construída na oração e comunhão e foi um apelo para todas nós a continuarmos fiéis à nossa vocação na missão que nos está confiada”, concluem as irmãs FMM.

No passado domingo, o bispo do Algarve presidiu à eucaristia em Porches e o funeral realizou-se na última segunda-feira, presidido pelo vigário-geral, o cónego Carlos César Chantre. A missa exequial, participada por muitas religiosas de diversas congregações, foi concelebrada pelos padres Joaquim Beato, pároco de Porches, Luís Gonzaga, capelão do hospital de Portimão.

Na introdução à eucaristia, a superiora provincial, irmã Hermínia Coelho Lopes, agradeceu a presença de todos.