A iniciativa, que se realizou ontem, voltou a ser promovida pelo Secretariado da Mobilidade Humana da Diocese do Algarve, cujo diretor é o padre Jorge Carvalho que presidiu á celebração da eucaristia na igreja paroquial com que iniciou a jornada

Após a entronização das bandeiras de cada país, o sacerdote começou por lembrar que o objetivo do encontro era “dar graças a Deus” por tudo o que tem feito por cada um dos presentes

Na homilia, o padre Jorge Carvalho explicou que a condição de migrantes é comum a todos os que professam a fé cristã. “Todos nós somos migrantes porque aspiramos a fazer parte do reino de Deus, a migrar para uma outra «terra»”, sustentou, lembrando que “a vida dos migrantes é uma vida difícil”. “Primeiramente, porque somos desenraizados. Eu vivi 28 anos em França, desenraizado também, imaginando sempre a minha cidade de Tavira com muito amor e carinho”, acrescentou

No final da celebração, concelebrada também pelo padre Oleg Trushko, assistente da comunidade ucraniana greco-católica do Algarve, o padre Jorge Carvalho apelou ao sentido missionário. “é na nossa própria casa que devemos começar por ser missionários. é assim que a Igreja avança”, frisou, acrescentando que o encontro deverá passar a realizar-se no mês de agosto, por volta do dia 15, para contar também com a participação dos emigrantes algarvios.

Depois da eucaristia, animada pelos cânticos típicos de cada país e que contou com um ofertório dançado, a 13ª Festa dos Povos teve continuidade com o almoço-convívio que decorreu no cinema de Estoi, com as gastronomias, as músicas e as danças caraterísticas de cada cultura a servirem de pretexto para a aproximação e para a convivência entre as gentes que chegam ao Algarve trazidas pelos fluxos migratórios