
No dia de ontem, em que a Igreja celebrou a memória litúrgica dos fiéis defuntos, o bispo do Algarve lembrou que “a morte não tem a última palavra sobre a vida”.


“A última palavra é a vida que não acaba, que apenas se transforma, é a ressurreição, a comunhão plena com Deus. É esta esperança ancorada no céu que nos anima e que nos leva a viver a nossa vida de acordo com quanto Jesus nos apontou e indicou”, acrescentou D. Manuel Quintas na missa a que presidiu no Cemitério da Esperança, em Faro, lembrando que a eucaristia ajuda a “entender o caráter pascal da morte cristã à luz da fé na ressurreição de Cristo”.


O prelado referiu que essa “dimensão pascal de Cristo” é vivida nos gestos e atitudes. “São as obras que testemunham que a nossa fé na ressurreição transforma a nossa vida”, realçou na eucaristia concelebrada pelos párocos da cidade de Faro, o cónego César Chantre e o padre Rui Barros.


O bispo do Algarve evidenciou que se os cristãos “não acreditassem que havia ressurreição, era inútil a oração por aqueles que já morreram”. D. Manuel Quintas reforçou que “rezam por eles” “porque sabem que estão vivos”. “A oração é certamente um dos modos de nos unirmos àqueles que já partiram”, sustentou.
“Sentimos necessidade de avivar a memória, de avivarmos sentimentos que continuam a ligar-nos aos nossos entes queridos, pelos quais temos certamente dever de gratidão e tantas outras coisas que neste dia nos motivam e mobilizam para visitarmos os cemitérios”, prosseguiu.
D. Manuel Quintas lembrou ainda os párocos que já morreram, referindo concretamente o padre Domingos Fernandes, pároco da Mexilhoeira da Carregação e do Parchal, falecido este ano, e os bispos da diocese também falecidos.

