Na passada quarta-feira foi apresentada a identidade gráfica do culto em torno de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como «Mãe Soberana».
A apresentação, feita pela designer de comunicação Andreia Pintassilgo, autora do projeto, teve lugar na igreja de São Francisco, em Loulé, onde permanece, desde Domingo de Páscoa, a imagem de Nossa Senhora da Piedade trazida pelos homens do andor desde a ermida no santuário no decurso da Festa Pequena.

A identidade gráfica, agora apresentada, já tinha sido dada a conhecer em 2018, no âmbito das festividades da «Mãe Soberana» naquele ano. Composta por um símbolo, que representa a estrela de 16 pontas colocada no topo do andor, e pela designação escrita com as palavras “Mãe Soberana” e “Santuário de N.ª Sr.ª da Piedade – Loulé”, a identidade corporativa pode ser reproduzida em cor azul ou dourada.
No âmbito do detalhado processo de estudo para a criação da identidade gráfica, um dos casos que foi analisado foi o do Santuário de Santiago de Compostela, na Galiza (Espanha). “Toda a gente, quando vê uma vieira já sabe que se trata do Caminho de Santiago. É isso que se pretende também com a imagem que for criada para o Santuário [da «Mãe Soberana»], que quando as pessoas virem aquele símbolo identifiquem automaticamente com a «Mãe Soberana», Nossa Senhora da Piedade de Loulé”, referiu Andreia Pintassilgo.



A designer, que apresentou ainda diversos ícones que poderão fazer parte da sinalética, realçou a importância do projeto para a dignificação daquele culto. “O design de comunicação é importante para esta manifestação e pode ajudar a fazer crescer, dignificar, valorizar este povo, a nossa identidade e quem somos”, sublinhou.

O pároco de Loulé, congratulou-se com o “trabalho longo de investigação” e o “aprofundamento das várias dimensões que envolveu a criação desta imagem”. “Agora temos a imagem que valoriza o santuário e ao mesmo tempo comunica-o para além da cidade e do espaço. Mas esta imagem leva muito desta espiritualidade, deste aprofundamento da fé e da identidade de um povo. A comunidade paroquial agradece profundamente este trabalho. Fica uma marca de presente e de futuro», considerou o cónego Carlos de Aquino.
O sacerdote acrescentou que o projeto, agora apresentado, “lança um desafio a todos”. “Para além desta imagem, [importa] agora recriarmos este espaço do Santuário como um movimento que implique quem cá se faz peregrino e que, sobretudo, possa sair mais pleno e preenchido na sua vida”, afirmou.