A formação, o apoio à criação e à circulação, a partilha de espetáculos e um seminário são as principais atividades que a Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve vai desenvolver em 2018, segundo o plano hoje revelado.

A Rede Azul, criada em 2016, com 11 salas de espetáculos da região, apresentou hoje o plano de atividades para 2018, na Galeria Municipal de São Brás de Alportel, e apontou estes quatro vetores como eixos prioritários a explorar no presente ano, adiantou à agência Lusa fonte do Teatro das Figuras de Faro.

Na vertente da formação, a Rede Azul pretende “fomentar e aprofundar os conhecimentos dos profissionais que trabalham diretamente nas estruturas associadas à Rede” em áreas como “a técnica (luz, som e imagem), a comunicação/marketing, a produção e/ou a programação”, pode ler-se no plano hoje apresentado.

A direção do Teatro das Figuras de Faro (teatro municipal) adiantou também que a sua equipa técnica vai dar a primeira ação de formação da rede, que se destina a pessoas que trabalham na área técnica e tem lugar no “segundo trimestre de 2018”.

No apoio à criação e circulação, e na sequência do que foi feito em 2016, a Rede Azul vai “reforçar financeiramente” os incentivos para as estruturas culturais do Algarve poderem “criar novos objetos artísticos a serem apresentados no ano de 2018”, nos vários espaços da região, revelou a estrutura cultural.

A Rede Azul decidiu também, em 2018, “fazer uma encomenda direta a um coletivo de artistas composto por João Frade, Gijoe (Rafael Correia) e Ana Perfeito, acompanhados pelos músicos Paulo Machado, João Guerreiro e Emanuel Marçal”.

Este projeto deve ter por base, precisou a Rede, um “objeto artístico com uma forte identidade regional” e apresentar “uma nova e questionadora abordagem à música tradicional algarvia”, através da “reinvenção e experimentação aos níveis musical e visual”.

“Pretende-se que esta encomenda esteja pronta para apresentação nos diversos espaços da Rede durante o último trimestre do ano, estendendo-se as suas apresentações ao 1.º trimestre de 2019”, calendarizou a mesma fonte.

Quanto à partilha de espetáculos, a Rede adiantou que serão “analisados caso a caso”, tendo em conta que o objetivo é “minimizar os custos de produção”, e devem “centrar-se no âmbito do Serviço Educativo, por serem espetáculos cujo retorno financeiro é menor e cuja circulação de públicos é pouco frequente”.

A Rede revelou ainda que o seminário deverá realizar-se “em novembro”, e há a intenção de dedicá-lo ao tema “periferias”, mas “num local ainda a definir, preferencialmente num dos concelhos do Algarve fora do eixo central”.

“Ao abordar as periferias geográficas nas artes, o intuito é refletir e debater o afastamento geográfico das regiões em relação ao poder central e como isso condiciona toda uma política cultural das regiões e do país”, justificou a mesma fonte.

Além do Teatro das Figuras de Faro, fazem parte da Rede Azul os Auditórios Municipais de Albufeira, Lagoa e Olhão, o Centro Cultural de Lagos, o Cine-Teatro Louletano, o Teatro Municipal de Portimão (TEMPO), o Cine-Teatro de São Braz de Alportel, o Teatro Mascarenhas Gregório (Silves), o Teatro António Pinheiro (Tavira) e o Centro Cultural António Aleixo (Vila Real de Santo António).