Fernando Ribeiro Mendes explicou à Lusa que o edifício em causa é um dos três de que a unidade hoteleira dispõe, “remonta ao tempo da antiga Federação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT), que antecedeu o INATEL, e foi inaugurado em 09 de julho de 1960, com o que então se chamava a colónia de férias para trabalhadores”.

“Foi utilizado por muitas décadas, foi sendo acrescentado, mas já apresentava sinais de degradação e foi objeto de uma intervenção de requalificação bastante ampla, o que permite que tenha 200 camas em mais de 100 alojamentos”, frisou.

O dirigente da fundação precisou que a obra custou “pouco mais de 4,5 milhões de euros” e foi executada em 10 meses, com o principal objetivo de lhe “dar mais conforto, com sustentabilidade”, e de “combinar grande qualidade, com uma excelente localização e preços mais acessíveis do que os operadores privados”.

“Houve aqui uma aposta muito forte na parte da eficiência energética. O edifício era antigo, funcionava em moldes energéticos de outra época e neste momento foi dotado de energia solar, painéis solares, sistema de recuperação de ar, ou de recuperação de 100% de água quente para fins sanitários”, afirmou, acrescentando que foi possível “conciliar a preocupação energética com uma estética de qualidade e com conforto”.

Fernando Ribeiro Mendes destacou a acessibilidade em termos de preços da nova unidade hoteleira, onde um alojamento duplo de topo pode custar 100 euros por dia, e adiantou que a ocupação está atualmente a 60%, mas a partir da segunda quinzena de julho e no mês de agosto as previsões apontam para uma ocupação de 100%”.

“Usamos tarifários acessíveis, até porque a Fundação INATEL não é um grupo hoteleiro privado. É uma instituição que tem hotelaria, que gere um conjunto de equipamentos, mas tem uma função social: tornar acessível o gozo de férias à população trabalhadora, que vive com os rendimentos do seu trabalho e que, de outro modo, teria dificuldade em encontrar uma oferta de lazer desta qualidade sem ser com preços proibitivos”, salientou.

Os preços praticados são, segundo o dirigente da Fundação INATEL, “para a época alta, numa praia algarvia, bastante em conta”, uma vez que o hotel está “mesmo em cima da praia e tem comunicação direta” para o areal.

A obra de requalificação do edifício criado em 1960 permitiu realizar “mexidas na estrutura” e o “último andar foi recuado e rebaixado, até por questões de exigência ambiental”, uma vez que “cumpre todos os aspetos ambientais exigidos”.

Lusa