O inquérito que prevê o apuramento de responsabilidades à forma como as autoridades que gerem o aeroporto responderam às necessidades dos passageiros afetados será feito pelo Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC).
O Ministério da Economia pediu também à ANA, Aeroportos de Portugal a elaboração de um relatório pormenorizado sobre as vulnerabilidades de todas as infra-estruturas aeroportuárias do País a fenómenos naturais semelhantes.
O MEE solicitou ainda à ANA que disponibilize uma "linha verde" em português e inglês aos passageiros afetados e reforce a sinalização de acesso à estrutura de apoio entretanto montada.
Fonte do MEE revelou hoje à Lusa que o ministro Álvaro Santos Pereira "estranhou a forma como os passageiros foram atendidos e a pouca atenção dada às pessoas que estavam a ser afetadas por aquela situação".
"Não se compreende que, numa situação daquelas, não tenha havido um esforço coordenado para dar algum conforto às pessoas, nomeadamente fornecendo alimentos e colchões", refere a mesma fonte.
O Ministério estranhou ainda a falta "de um esforço de coordenação" da ANA com as autoridades que gerem o Turismo e as estruturas da região "para tentar suprir aquela situação anómala".
"Reconhecemos que a situação era muito stressante e que, além de tudo o que estava a acontecer, o aeroporto de Faro ainda teve que receber um voo low cost desviado de Málaga, mas devia ter sido dada mais atenção às pessoas", concluiu a fonte do MEE.
Contactado pela Lusa, o diretor do aeroporto, António Correia Mendes, afirma estar "tranquilo" e espera que "o inquérito apure o que se passou".