O IEFP revelou hoje que o programa abrangeu 500 pessoas, entre apoio ao emprego e formação profissional, mas o diretor regional do Instituto de Faro, Carlos Baía, disse à Lusa estar “convicto” de que este número não foi maior porque a portaria que regula a iniciativa só foi publicada no final de setembro.
“Foram identificados alguns aspetos do programa que não permitiram que a adesão fosse superior, nomeadamente a data em que a portaria foi publicada. Foi a data possível, no entanto terá sido um pouco tarde face àquilo que é o ciclo de planeamento da atividade hoteleira e turística em geral”, reconheceu Carlos Baía.
Carlos Baía assegurou que a situação irá ser corrigida caso o Governo volte a criar uma nova versão do programa de combate à sazonalidade no Algarve.
“A situação já foi sinalizada e esperamos que, no caso de vir a existir uma nova versão do programa, a situação seja retificada”, afirmou.
O diretor regional do IEFP de Faro considerou que, mesmo assim, o programa “permitiu manter no mercado de trabalho pessoas que, em condições normais, ficariam no desemprego na época baixa da hotelaria” e juntar um “conjunto de desempregados da hotelaria, do comércio e da construção civil, setores que estão abrangidos pela portaria, para fazer formação profissional”.
Estas ações de formação permitiram, acrescentou, “aumentar as suas qualificações e, por isso, reforçar as possibilidades de voltarem ao mercado de trabalho no regresso da época alta no turismo e na hotelaria”.
O IEFP recordou em comunicado que o Programa Formação Algarve tinha como destinatários as entidades empregadoras que desenvolvem atividade na região e como objetivo o combate aos efeitos da sazonalidade do emprego.
O programa procurava também, segundo o IEFP, “reforçar a competitividade e a produtividade dos setores mais afetados, através da realização de formação profissional para os trabalhadores, durante a época baixa”.
Entre as atividades que foram alvo de formações encontram-se a agricultura, a jardinagem, a cozinha, a receção em hotelaria, o serviço de mesa, o serviço de andares, a manutenção e a animação desportiva, precisou o Instituto.
O Algarve é a região do país com maior taxa de desemprego, que atinge quase 20 por cento, segundo os números oficiais do último trimestre de 2012.
O inverno é a época do ano em que a sazonalidade mais se faz sentir na região, devido ao encerramento de muitos hotéis durante a época baixa do Turismo, principal atividade económica do Algarve.
Lusa