A Diocese do Algarve apresentou no passado sábado o seu Programa Pastoral para o presente ano 2022/2023, cujo enfoque está posto nos jovens num ano que será marcado pela realização da Jornada Mundial de Juventude em Lisboa.

Isso mesmo o sublinhou o vigário episcopal para pastoral na apresentação que fez do documento na Assembleia Diocesana que teve lugar no salão de São Pedro do Mar, em Quarteira, ao afirmar que “os jovens são o centro deste Programa Pastoral”. “As comunidades devem sentir isto como uma missão sua e pensar como podem favorecer a vida, a descoberta, o desenvolvimento da fé e o empenhamento comunitário dos jovens”, afirmou o padre António de Freitas, exortando as paróquias a pensar como podem “fazer dos jovens o centro de atenção” e “de cuidado”.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Aquele responsável considerou assim o ano que agora têm início como “uma oportunidade única para renovar a pastoral juvenil paroquial”.

Também o bispo do Algarve aludiu à importância dos jovens e ao seu “contributo imprescindível” naquele documento programático. “Precisamos deles para concretizar este programa”, afirmou D. Manuel Quintas, explicando que são não só “destinatários de uma dimensão significativa” do Programa Pastoral, mas sobretudo deverão assumir-se “como protagonistas junto dos seus coetâneos e das suas comunidades paroquiais no caminho” rumo à Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O padre António de Freitas lembrou ainda que o documento inclui mais três prioridades para além dos jovens: a iniciação cristã, a espiritualidade e a formação permanente. “Se olharmos ao nosso calendário pastoral vemos que essas quatro prioridades estão extensamente desenvolvidas e não só teoricamente, mas também na prática com várias ofertas à diocese”, constatou, desejando “que as metas que estão presentes” naquele plano “possam também inspirar as próprias comunidades a operacionalizar a resposta e a correspondência” a ele.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O sacerdote considerou ainda o Programa Pastoral deste ano uma “oportunidade para renovar as estruturas de participação e corresponsabilidade pastoral” nas paróquias e “para continuar a crescer em sinodalidade”. A esse propósito, o vigário episcopal para a pastoral lembrou que o Triénio Pastoral da diocese para 2021/2024, cujo segundo ano começa agora a cumprir-se, é já fruto da tão falada sinodalidade. “Este Programa Pastoral é fruto de uma busca comunitária da vontade de Deus pela abertura ao Espírito. É fruto de vários meses de escuta, de avaliação, de discernimento em Secretariados, Conselhos Diocesanos de Pastoral e nas [antigas] vigararias”, recordou.

O sacerdote pediu que se olhe para o Programa Pastoral “como algo que não é fechado, nem imposto às paróquias”. “É uma orientação para toda a diocese para um caminho comum, mas que deve ser discernido em cada paróquia, em cada Conselho Pastoral Paroquial, o modo de aplicação deste Programa Pastoral”, afirmou, pedindo a todos que não se coloquem “de fora” e que não pensem que “se aplica de igual modo a todos os sítios”.