
A igreja de São Francisco, em Loulé, recebeu esta noite uma vigília de oração pela ordenação sacerdotal dos diáconos Fernando Rafael Rocha e José Chula que terá lugar no próximo domingo em Quarteira.
A vigília contou com participação de algumas pessoas, incluindo familiares e os seminaristas algarvios em Évora que foram seus colegas dos futuros sacerdotes que serão ordenados na eucaristia, presidida a partir das 17h pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, na igreja de São Pedro do Mar.

Na celebração, que contou com a adoração ao Santíssimo Sacramento, o padre Carlos de Aquino, pároco de Loulé, que presidiu à mesma, lembrou que “Deus continua a chamar para uma missão particular e muito significativa na sua Igreja”.

O sacerdote evidenciou a importância para todos participantes, e de modo particular para os diáconos Rafael Rocha e José Chula e a todos os jovens presentes, da tomada de consciência da vontade de Deus a respeito de cada um, numa linha de discernimento vocacional. “Que quer Deus de mim? Que me pede Deus a mim?”, interpelou.
“Desejo fazer de ti profeta. Não tenhas medo por seres jovem. Não tenhas medo de seres frágil. Não te escolho pelos méritos. Escolho-te porque te amo e preciso de ti. Não tenhas medo, não digas que és jovem, não digas que não tens força, não digas que não tens conhecimento suficiente, não digas que tens medo. Preciso que a tua boca seja a minha, comunicadora não da tua palavra, mas da minha palavra; não do que tens dentro de ti, mas daquilo que eu desejo pôr dentro de ti porque a palavra que anuncias não é tua. Por isso, há-de germinar, dar fruto, há-de curar, há-de salvar. Preciso que sejas profeta. Este é o grande desafio que Deus dirige ao José e ao Rafael, que nos dirigiu um dia a nós, consagrados, mas que dirige a todo o povo santo de Deus, a todos os cristãos e, de modo particular, à juventude aqui presente”, prosseguiu.

O padre Carlos de Aquino considerou que hoje os padres e os cristãos “ou são profetas, ou são grandes homens de Deus e grandes amigos da palavra viva, ou não prestam ou não edificam a Igreja ou não são fecundos nas suas vidas. O sacerdote considerou que os cristãos devem ser “deveras uns grandes amigos da palavra, da profecia, proclamadores de boas novas e de boas notícias, manifestando o sentido do mundo, a verdade da vida”.