As obras de alimentação artificial do areal e consolidação das arribas da praia Dona Ana, iniciaram-se em novembro de 2009 mas foram suspensas, dias depois, pelo INAG por ter sido detetado um erro técnico no projeto.
“Vamos para dois anos e a obra continua por fazer, apesar da praia se encontrar aberta ao público e a expor os banhistas a todos os riscos”, observou.
Prevista desde 1999, no Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura-Burgau, a intervenção previa a consolidação das arribas para minimizar os efeitos da erosão, e o alargamento da extensão do areal, com a recarga de cerca de 140 mil metros cúbicos de areia.
A empreitada no valor de cerca de dois milhões de euros, apontava para um prazo de conclusão de três meses, com a praia vedada ao público.
Segundo Júlio Barroso, o Instituto da Água (INAG), quando interrompeu a empreitada “tirou de lá o empreiteiro, e prometeu que os problemas seriam ultrapassados num espaço de seis meses”.
O autarca considera que “a praia é perigosa”, apesar dos sinais existentes a alertar para os perigos de derrocada das arribas.
“As pessoas colocam-se debaixo das falésias perigosas, porque o areal acaba por ser pequeno para acolher os muitos banhistas que escolhem aquela praia considerada como um dos ex-libris turísticos do concelho”, sustentou.
“Estou muito zangado e preocupado, porque se o INAG exigiu responsabilidades aos projetistas e às seguradoras, na prática não resolveu o problema da praia da Dona Ana, que era de fazer a obra para garantir a segurança”, concluiu.
A Lusa contactou o INAG, mas não obteve nenhuma reação às preocupações e críticas do autarca de Lagos.