Em declarações à agência Lusa a partir dos Estados Unidos, onde na segunda-feira recebeu o galardão, Bruno Romeira disse que "não estava à espera" e sentiu “um enorme orgulho e satisfação” por ter sido premiado numa área “com elevada competitividade” e em concurso com “centros de investigação internacionais de excelência”.
Romeira sublinhou o significado de ter sido o primeiro doutorando de uma Universidade portuguesa a vencer esta distinção, embora em 2007 já tivesse sido atribuída à investigadora Lusa, Maria Ana Cataluna, mas com um trabalho realizado na Universidade escocesa de Saint Andrews.
“No meu caso em particular, estou a realizar o doutoramento em Portugal, em colaboração com as Universidades de Glasgow e Sevilha. Esta distinção tem um sabor especial devido às dificuldades financeiras que existem em Universidades de menor dimensão, como é o caso da UAlg”, salientou.
O português explicou que o trabalho realizado ao longo do doutoramento permite “simplificar os sistemas de distribuição de sinais de micro-ondas nas redes de nova geração de comunicação e aumentar a largura de banda dos pontos de acessos às redes sem fios”.
Bruno Romeira disse ainda que “as áreas de interesse desta investigação incluem as comunicações óticas utilizando a fibra ótica e outras aplicações, tirando partido dos sinais caóticos na transmissão de informação confidencial”.
O prémio recebido por Bruno Romeira não passou incólume à crise internacional, tendo este ano sido reduzido de 5000 (cerca de 3600 euros) para 1000 dólares (cerca de 725 euros), e distingue o desempenho de estudantes de doutoramento membros da sociedade IEEE Photonics Society, a maior associação profissional do mundo para o desenvolvimento da tecnologia, com mais de 7000 profissionais das áreas da optoelectrónica e da fotónica.