Foi uma das imagens da última edição do Tour: o holandês e o espanhol Juan Antonio Flecha (Sky) foram abalroados, quando seguiam num grupo de cinco fugitivos, por uma viatura da Euro Media, empresa da produção televisiva da prova, com Hoogerland a ser projetado contra uma vedação em arame farpado, sofrendo ferimentos nas duas pernas.
Hoje, à distância dos 33 pontos, das lágrimas no pódio no final dessa nona etapa quando recebeu a camisola de rei da montanha e das múltiplas entrevistas dadas a contar o horror do acidente que podia ter acabado com a sua carreira, o holandês de 28 anos recusa-se a falar sobre o dia que o tornou conhecido no pelotão internacional.
"Não quero falar mais sobre esse episódio, já falei que chegasse", limitou-se a dizer à Agência Lusa.
Hoogerland não sabe se a imagem que os colegas têm de sido mudou – "se me vêm como mais corajoso? Não sei. O pelotão terá uma melhor resposta" -, nem quer saber. Agora só está preocupado com a nova temporada e com os objetivos a curto e médio prazo.
"Quero estar bem nas clássicas de primavera e no Tour", contou, assumindo que a meta na maior prova velocipédica internacional é vencer uma etapa. "Quem é que não quer ganhar na Volta a França", interrogou.
Na 38.ª edição da Volta ao Algarve apenas para ganhar ritmo para as clássicas, o ciclista da Vacansoleil não põe de parte aparecer numa das etapas que se correm até domingo.
Lusa