AlfarrobasOs frutos típicos do Algarve estão a atrair a atenção de uma vaga de jovens agricultores e empreendedores, disse à Lusa a coordenadora das jornadas técnicas que se realizam de quinta a sábado, em Loulé.

“Temos vindo a verificar que há cada vez mais jovens interessados. É uma oportunidade que está a surgir e muitos jovens procuram-nos e solicitam informação” sobre as culturas da alfarroba, da amêndoa, do figo e da azeitona, explicou Ana Arsénio, coordenadora das jornadas.

As jornadas técnicas “Fruteiras Tradicionais do Algarve – Tradição e Inovação” vão ocorrer na ExpoAlgarve, na zona industrial de Loulé.

Os participantes podem estabelecer contactos com potenciais parceiros de negócio e perceber como podem criar ou expandir as suas empresas.

“Quem quer instalar-se como agricultor, como transformador ou comerciante tem nestes dias oportunidade de saber onde ‘bater à porta’ e como o fazer”, explicou Ana Arsénio.

Os custos de investimento e aspetos gerais sobre a instalação de fruteiras tradicionais, o enquadramento fiscal da pequena produção agrícola, as condicionantes e as potencialidades dos produtos do Algarve, o licenciamento, a comercialização e a exportação, são alguns dos temas que vão ser discutidos nas jornadas.

Aquela responsável explicou que a idade média os agricultores dedicados à alfarroba, à amêndoa, à azeitona e ao figo no distrito de Faro tem andado entre os 60 e os 65 anos, mas a crise económica tem feito despertar os jovens para estas culturas.

“Penso que são culturas estratégicas para a região e que podem ainda trazer muita riqueza”, afirmou Ana Arsénio, sublinhando que a alfarrobeira, a amendoeira, a oliveira e a figueira são árvores resistentes, que não carecem de muita água e que os seus frutos têm grande apetência para a transformação.