Via_sacra_jovem_2018 (33)
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O Secretariado da Pastoral Juvenil da Diocese do Algarve voltou a propor e os jovens voltaram a responder positivamente.

Aquele organismo da Igreja algarvia tinha sugerido às paróquias algarvias, através das suas quatro estruturas vicariais, que promovessem nesta Quaresma Vias-Sacras para os jovens que os ajudassem a viver melhor a este tempo de preparação para a Páscoa.

Isso aconteceu na última sexta-feira à noite nas quatro vigararias (grupos de várias paróquias) da Igreja algarvia, envolvendo no total cerca de 650 jovens e também adultos que se quiseram associar.

Para os que pertencem às paróquias constituintes da vigararia de Loulé, a iniciativa teve lugar em Silves com cerca de duzentos jovens e para os das paróquias da vigararia de Faro realizou-se em Olhão com cerca de 250 elementos. Os jovens que pertencem às paróquias que constituem a vigararia de Portimão optaram por realizar uma oração segundo a espiritualidade de Taizé que teve lugar na Mexilhoeira da Carregação com cerca de uma centena de participantes. 

A iniciativa, para os jovens das paróquias da vigararia de Tavira, teve lugar em Castro Marim com cerca de cem participantes, tendo início na igreja matriz.

Na celebração introdutória, ainda na igreja, o padre Fernando Rafael Rocha adiantou que o objetivo da iniciativa seria “tentar proporcionar uma noite diferente” na vida dos participantes. “Jesus está aqui e quer estar connosco. Tudo depende de nós, da nossa abertura, para que Ele possa, verdadeiramente, entrar no nosso coração. Que possamos, neste início de Quaresma, abrir um bocadinho o nosso coração ao Senhor e deixá-l’O dialogar connosco”, pediu.

A celebração evocou quatro momentos da paixão de Jesus – Última Ceia, Condenação, Crucifixão e Morte – e o sacerdote convidou cada um dos presentes a pensar em aspetos a melhorar na sua vida. “Seguir o bem nas nossas vidas é muito mais difícil do que seguir o mal. O bem é uma caminhada dura em que muitas vezes sofremos injustiças, em que aquilo que queremos parece que nos foge das mãos, mas vale a pena”, observou, incitando a “adorar só a Deus”. “«Adoramos» imensa coisa na nossa vida que não interessa e não nos traz felicidade”, acrescentou, desafiando os jovens a tentarem viver na via-sacra o que viram nos quatro trechos do filme de Mel Gibson.

Deu-se então início à Via-Sacra, prosseguindo o trajeto que consistiu em acompanhar espiritualmente o percurso de Jesus até à morte, sepultura e ressurreição, com momentos de meditação e oração ao longo de 15 estações, marcados por leituras e cânticos.

No final da caminhada que regressou à igreja, o padre Adelino Ferreira, um dos párocos de Castro Marim, pediu a cada um dos participantes que “se sinta sempre mensageiro e missionário do evangelho”.

A iniciativa destinou-se a jovens a partir dos 16 anos ou do 10º ano de catequese e teve como tema ‘Re-para, porque vamos demasiado depressa, sem tempo para ver, sentir e abraçar’.

A Quaresma é um período de 40 dias – excetuando os domingos –, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário dos cristãos.