A Conferência Internacional "Poder Local e Democracia Participativa em Tempos de Mudança" foi organizada pela ECOS – Cooperativa de Educação, Cooperação e Desenvolvimento em Vila Real de Santo António, no âmbito das comemorações do Ano Europeu dos Cidadãos da União Europeia, e contou com a participação de jovens da Estónia, Letónia, Malta, Polónia, Roménia, Turquia e Portugal.
Inserida no 1.º Encontro Internacional de Cidadania e Participação Juvenil do Algarve, que decorre até 22 de junho, a conferência teve como objetivo “utilizar as várias sinergias” entre associações e decisores da área da Juventude, que deram conta de projetos desenvolvidos nos seus territórios e podem ser replicados noutros países, explicou Bruno António, diretor executivo da ECOS.
O encontro permitiu ainda, segundo o responsável, realizar uma reunião com os parceiros do projeto Algarve 2020, que visa criar uma plataforma e traçar uma estratégia para a área da Juventude na região “e envolve mais de 40 entidades, como as 16 autarquias, as direções regionais das diferentes áreas e um conjunto de associações regionais”.
“Há a necessidade de comprometer o nosso poder político, os nossos presidentes de câmara, as nossas autarquias, as nossas direções regionais, a terem uma estratégia concertada e a continuar com este tipo de encontros”, referiu.
O diretor executivo da ECOS frisou o facto de ter sido “a primeira vez que se conseguiu pôr as pessoas com responsabilidade na área da Juventude juntas” e insistiu na necessidade de prosseguir o trabalho em conjunto para alcançar e definir essa estratégia.
“Não é por um projeto ser financiado e depois outro não ser que este trabalho vai acabar. Este trabalho não pode acabar, isto ficou patente. Ficou também claro que há a necessidade de haver formação específica para os técnicos que trabalham nas autarquias na área da Juventude e de ter um encontro anual da Juventude do Algarve”, acrescentou.
O objetivo final deste trabalho é permitir uma forma mais participada de intervenção por parte dos jovens na vida pública, embora Bruno António reconheça que ainda há muito caminho a percorrer para o poder político acolher contributos e os jovens terem mecanismos de intervenção eficazes.
“O objetivo é que seja a juventude a dar as direções e as diretrizes para o poder político decidir”, disse, acrescentando que “no Algarve há uma responsabilidade conjunta de o poder político criar os instrumentos e espaços que sejam atrativos para os jovens” e de os “envolver e criar espaços atrativos para a sua participação”.
Lusa
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