Sobre o projeto turístico previsto para a Praia Grande, o dirigente da LPN acusou a Câmara de Silves e a CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Algarve de “falta de sensibilidade” para a importância ecológica da zona húmida da Lagoa dos Salgados.

Em comunicado, a LPN/Algarve assume-se “chocada pela forma como, de um modo perfeitamente indecoroso, se assume este extraordinário e bacoco conceito de ‘urbanizar’ uma praia, seguramente com as ‘very typical’ palmeiras”.

A LPN salienta, ainda, que a ocupação do litoral vai contra a Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira e a Diretiva Quadro da Água, que não incentivam a ocupação costeira e alertam para os perigos dessa política.

“Tentar escamotear esta situação, falando de milhões associados a transações imobiliárias, num momento em que este mercado está estagnado e em regressão (como nos mostra a vizinha Espanha e a própria situação em Portugal), é tentar atirar poeira para olhos ainda sonhadores com o desenvolvimento de betoneira”, conclui.

Rúben Oliveira com Lusa