"As denúncias anónimas não passam de um baixo jogo político", disse Luís Carito, sublinhando que o objetivo "do anonimato é desestabilizar um executivo socialista que está tranquilamente a fazer o seu trabalho". Segundo o presidente da empresa municipal e também vice-presidente da Câmara de Portimão, a PJ está a investigar alegadas irregularidades denunciadas através de uma carta anónima, sobre dinheiros gastos em ações de formação.

Os investigadores fizeram buscas nas instalações da empresa municipal e ouviram alguns dos funcionários. “É um procedimento normal da investigação. Aguardamos com tranquilidade pelo desfecho”, observou aquele responsável, reclamando “celeridade no apuramento da verdade”.

Luís Carito considera que a proximidade das eleições autárquicas, "faz com que baixos jogos políticos lancem para a opinião pública suspeitas sobre o mandato dos atuais gestores no executivo". "As eleições não se ganham com jogos baixos, mas sim com a confrontação de ideias e de projetos", sublinhou.

"Sob anonimato, têm-se dito e apontado muitas calúnias, quer nas redes sociais quer em escritos que, por vezes, circulam pela cidade, mas até agora nada foi provado", destacou.

Em janeiro, circulou pela cidade que o presidente da autarquia se encontrava detido em casa, em regime de pulseira eletrónica, por ter sido “apanhado no aeroporto com uma mala cheia de dinheiro”. Em carta aberta à população, o autarca manifestou-se “atingido no seu bom nome” e anunciou a apresentação de uma queixa ao Ministério Público para apurar a origem do “boato”.

Para Luís Carito "estas manobras miseráveis, são jogos políticos", escusando-se a especificar ou identificar a sua origem.

Considerada pelos partidos da oposição como um "sorvedouro de dinheiros públicos", a Portimão Urbis está com dificuldades económicas, problemas que motivaram o atraso no pagamento do vencimento de março aos funcionários.

Liliana Lourencinho com Lusa