“É um desafio porque é um projeto interessante com uma orquestra profissional com grande capacidade de desenvolvimento”, disse Pedro Neves.

O maestro sublinhou “os excelentes músicos” que constituem a Orquestra do Algarve, numa fase mais estável do ponto de vista profissional, pois estão todos contratualizados. Uma situação que para o novo maestro titular permitirá “tentar novas soluções musicais”.

Pedro Neves, 35 anos, assume a titularidade da Orquestra mas não a direção artística, que será garantida por uma comissão.

“Haverá uma comissão artística composta por mim, pelo principal maestro convidado, pelo presidente e pela diretora da orquestra”, adiantou Neves. “Este é um modelo algo inovador e viável”, disse.

Entre as novas ideias, Pedro Neves quer “mais intensiva e organizada” a realização de concertos de música de câmara.

“Os concertos [de música de câmara] são positivos para o público e para os músicos, pois permite-lhes crescer artisticamente e é importante para a orquestra ter músicos de elevado nível”, justificou.

Outra área que pretende “implementar mais” é a dos concertos promenade e os pedagógicos.

Pedro Neves, que sucede a Osvaldo Ferreira, que irá dirigir a Sinfónica do Paraná (Brasil), afirmou que a região algarvia tem “grande potencialidade”.

“O Algarve tem muita procura por parte do público. Sempre que dirigi lá, os concertos estavam cheios”, afirmou.

O maestro afirmou que “por enquanto assumirá todas as funções que lhe estão adstritas”, nomeadamente maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho, Camerata Alma Mater e professor na Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa.

Cesário Costa, diretor artística da Orquestra Metropolitana de Lisboa, continua como principal maestro convidado da Orquestra do Algarve, funções que ocupou nas temporadas anteriores de 2008 e 2009.

Ao longo da atual temporada, a Orquestra do Algarve será também dirigida por Álvaro Cassuto, Rui Pinheiro, Jorge Alves e John Avery. Nicolas Koeckert mantém-se como artista associado da temporada.

Lusa