“Podem-se fazer iniciativas muito interessantes com animais, como o hipismo, mas o sangue e a violência não são necessários para haver espetáculo”, justificou Macário Correia, em declarações à agência Lusa.

A garraiada estava prevista para quarta-feira, como atividade integrante da semana de receção ao caloiro promovida pela Associação Académica da Universidade do Algarve.

“Eu chamei a atenção da direção da Associação, que tem um presidente muito sensível e muito compreensivo, e ele percebeu que não havia por parte da Câmara nenhuma simpatia pelo facto e que poderiam encontrar outras soluções imaginativas”, disse o autarca à Lusa.

Macário Correia assumiu a responsabilidade da não concessão de licenciamento, que definiu como uma prerrogativa sua.

“Essa é uma atitude que eu devo ter, protegendo os interesses dos seres vivos”, disse, manifestando-se contra a possibilidade de, no futuro, haver qualquer tipo de espetáculo tauromáquico no concelho de Faro, em nome da defesa dos direitos dos animais.

Entretanto, o movimento Algarve pela Abolição da Tauromaquia (AAT) revelou hoje que pediu a Macário Correia que não autorizasse a garraiada e congratulou-se pela decisão final da autarquia.

A Associação, que se define como “movimento informal de cidadãos”, observa que, graças ao não licenciamento, “uma vaca bebé não vai ser ‘garraiada’ ao bel-prazer de um grupo de pessoas que de ‘formação superior’ deixam tudo a desejar”.

Lusa