“Também se refletiu sobre a importância da arte e do património ao serviço da evangelização e catequização: devemos olhar a arte cristã como comunicação de valores, mensagem e condutas de vida aos peregrinos e não só como meios de rentabilização”, partilhou o sacerdote na sua página no Facebook, a propósito do debate em torno do tema “A Arte e o Património ao serviço da Evangelização” incluindo no VI encontro nacional de reitores dos santuários portugueses.
Segundo a Ecclesia, “os reitores foram sensibilizados para a importância da preservação adequada de todas as riquezas que têm em mãos”, “com a ajuda de diversos especialistas da área do património religioso, a nível diocesano e nacional”. “O restauro é um tema que interessa a todos, não só aos santuários mas a todas as pessoas que se vão servindo deles”, destacou o padre Sezinando Alberto, reeleito ontem para mais um mandado à frente da ARS, adiantando que durante a reunião “levantaram-se problemas relacionados com a legislação, os patrocínios, os cuidados a ter em conta” na conservação do espólio religioso, cultural e artístico.
Em entrevista à Ecclesia, explicou ainda que se pretende “reforçar a ligação entre aqueles locais de culto e a sociedade”. O sacerdote recordou a importância “espiritual” dos espaços religiosos, sobretudo numa altura de crise em que há “muita gente desorientada e a precisar de conselho”.
Para além da nomeação dos novos corpos sociais da ARS, constituída oficialmente há cerca de um ano, a reunião serviu de base à apresentação de uma revista itinerante e de um roteiro sobre os Santuários em Portugal. “A revista itinerante é uma aposta nossa, de penetrarmos em meios onde não entrávamos e o livro que vai ser editado será uma forma de divulgarmos também os santuários na imprensa”, sublinha o padre Sezinando Alberto, que gere atualmente o Santuário de Cristo Rei, em Almada.
No sentido de facilitar a promoção dos mais de 80 santuários espalhados pelo país, a associação está a recolher dados para a construção de um site na internet, projeto que por agora, tem tido alguns entraves. Segundo o presidente da ARS, tem sido “difícil fazer o site”, já que “muitos santuários têm reitores idosos, sem sensibilidade para a informática” e que “ainda não mandaram qualquer informação”.