Um total de 28 povoações rurais de Castro Marim vão ter, até ao final do ano, acesso à rede de distribuição de água, ao abrigo de um investimento de 4 milhões de euros, informou ontem a autarquia.

Em comunicado, a Câmara de Castro Marim adiantou que a empreitada, que visa a instalação de reservatórios, estações elevatórias e um canal com 54 quilómetros de condutas, começou no final de dezembro do ano passado, depois de há dois anos ter sido aprovada uma candidatura a fundos comunitários para o efeito.

Nos últimos anos a autarquia tinha vindo a alargar o abastecimento de água a várias povoações do interior do concelho, com a primeira fase da obra em curso a terminar até ao final do ano, estando a segunda fase agora em fase de consignação, esclareceu fonte do município.

Mesmo com a concretização desta obra, 50% das povoações do concelho que ainda não tinham acesso à rede pública de água vão manter-se sem abastecimento domiciliário de água.

“Além do desenvolvimento e melhoria das condições de vida da população residente, a concretização deste projeto representa também uma indiscutível valorização do interior do concelho de Castro Marim, funcionando como fator de atratividade a novos residentes e como alavanca da economia local, nomeadamente no setor do turismo”, lê-se na nota ontem divulgada.

A intervenção vai permitir a articulação entre a vertente em alta e a vertente em baixa, “configurando as infraestruturas municipais de modo a permitir a ligação eficaz aos Sistemas Multimunicipais de Abastecimento da Águas do Algarve”, refere.

O projeto é financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), mas apesar de a candidatura ter sido apresentada ao montante máximo possível, a componente de saneamento não era elegível, apenas a de abastecimento de água.

Numa primeira fase serão então abastecidas as povoações de Portela Alta de Cima, Portela Alta de Baixo, Murteira de Cima, Murteira de Baixo, Sentinela, Eira Grande, Piçarral, Quebradas, Choça Queimada, Casa Branca, Brenhosa e Corujos.

A obra estende-se depois a Magoito, Alcaria da Arraia, Alta Mora, Nora Nova, Nora Velha, Monte das Pereiras, Casa Nova, Monte da Estrada, Pernadeira, Funchosa de Cima, Funchosa de Baixo, Cabacinhos, Vales, Alfarrobeira, Fernão Gil, Soalheira, Eira Verde, Casa Velha, Corte Pequena e Casas Novas.